sexta-feira, junho 02, 2006

Clipping

- Minha Namorada Jacy criou um blog, sugestão minha é claro. Afinal ela escreve tudo que acontece com ela num diário, bem que poderia escrever essas coisas num blog, né.

- O Joselmar do Olhar Econômico voltou a bloggar.

- O Olavo de Carvalho e suas frases:
"A única ética imperante no jornalismo nacional consiste em mentir a favor do lado certo. A chave do enigma reside portanto em saber o que é que entendem por "lado certo".

- Eu vivo dizendo a boxel que sociólogo não gosta de internet, comparem os sites das associações nacionais de pós-graduaçãos em sociologia e em economia e vocês vão ver.
Por sinal, o Encontro Nacional de Economia deste ano será em Salvador, viva!

- Digam se não dá medo o texto intrdutório do blog A Mão Invisível;
"A Mão Invisível é a face visível dessa tenebrosa urdidura global das direitas coligadas pela defesa do imperialismo capitalista, dissimulada numa verve bem-pensante e empenhada em descredibilizar o esforço planetário das forças progressistas."

Um comentário:

Anônimo disse...

Que coisa vergonhosa esse site da Anpocs...
Esta evitabilidade da internet me lembra um velho e contraditório hábito que percebo em alguns colegas, de minha faculdade e de outros lugares onde se trabalha muito com textos.

Como nas disciplinas trabalhamos muito com XEROX, existe alguma resistência das pessoas ter de ler em Xerox o que supostamente leriam em livros. No final, querem mesmo é o livro com aspecto bonitinho e simbólico para se animarem com a leitura. No mais das vezes, acredito eu, isso decorre de um consumismo retraído. Não que deixe de ser mais agradável o manuseio do livro ao da XEROX, em alguns casos realmente o é, mas o fato é que pelas disciplinas fica difícil comprar ou alugar todos os livros a serem lidos, até porque na grande maioria das vezes só se lê alguns capítulos do mesmo. E mesmo assim, muitos insistem na preferência pelos livros. Como se alguma interferência gerasse ao conteúdo, ou no aprendizado.

Isso sem contar a situação de estar com um livro em mãos: se for de de um autor bem visto, "profundo", o sujeito se toma de uma aura de sabedoria a que todos parecem se curvar...não importa muito, é claro, se ele leu ou deixou de ler, se está a ler apenas um capítulo, mas se ele está carregando é porque realmente aquele índivíduo é estudioso. É difícil, por exemplo, andar com o livro na mão sem alguém pergunte sobre o autor, ou o conteúdo do livro como se aquilo o interesasse realmente. Não espere reconhecimento, porém, se você estiver andando com XEROX.

Enfim, tilizar ou não utilizar um meio mais prático para o manuseio de um conteúdo não depende, como se vê, apenas de praticidade, de tato. As pessoas gostam bastante do papel simbólico que ele (no caso do livro em si)pode exercer, e fazem questão disso. Mesmo que para influenciar(ou animar como disse) a si mesmo. E se o costume já não nos impele a dar atenção ao conteúdo que é vinculado nos outros meios, a coisa fica ainda mais restrita. O impresso do livro causa fascínio, o da XEROX não, muito menos a internet. Até porque esta última leva uma conta, no caso da busca por textos, uma conduta isolada: não vou poder mostrar a ninguém que eu estou lendo na internet um texto de Nietzsche. Resultado? Ninguém procura a internet.

Em resumo: o estímulo que leva as pessoas a buscarem a internet como forma de vincular ou adquirir conteúdos pode não ser só relacional. Mas a parte que lhe cabe, com certeza, é praticamente inexistente.