terça-feira, setembro 26, 2006

Clipping

- O Blog do Gary Becker

- Quem vai ser o Nobel de Economia em 2006? Previsões e palpites...

- Será que a inflação não está sendo super-estimada?

- Pesquisa Ibope; Souto está com 48% contra 31% de Wagner. Os demais candidatos, os chamados nanicos, não ajudam na pontuação.
É no Senado que está a grande sensação. João Durval lidera com 29%, contra 25% de Imbassahy e Rodolpho Tourinho tem 19%. Via SC.

- Pesquisa A TARDE/Campus, realizada entre 19 e 22 de setembro, Rodolfo Tourinho (PFL) subiu 20 pontos em pouco mais de um mês, passando para 22,8%. O candidato João Durval Carneiro (PDT) ainda lidera, com 27,5%, seguido de Antonio Imbassahy (PSDB), com 24,4%. Jaques Wagner (PT) cresceu mais de dez pontos e está agora com 31,4%. Mas, ainda assim, Paulo Souto (PFL) seria eleito no 1º turno com 49,1%. Na corrida para a Presidência, o presidente Lula, na Bahia, tem 62% das intenções de voto contra 20,2% do tucano Geraldo Alckmin.

sábado, setembro 23, 2006

Motivos para Votar Nulo

Nenhum dos candidatos que se apresentam tem propostas de governo transformistas, os que se propõem a isso, não têm proposta, apenas críticas.

O fato de saber que não haverão 50% mais um dos votos nulos não é, para mim, uma constatação importante para tomar essa decisão pois, se a propabilidade de um candidato ganhar influisse no meu voto, votaria branco, e ratificaria a opinião da maioria.

Um motivo muito importante: Não acredito em papai noel, por que acreditaria em voto eletrônico ? Jovens adolescentes ivadem sites das instituições teoricamente mais seguras do mundo (FBI, NASA, OPEP, etc..) ( http://linhadecodigo.com.br/livros.asp?id=244 ) Por que eu acreditaria na Urna Eletrônica brasileira ???

Leiam este texto de um engenheiro especializado na questão:

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Um país do Zerézimo Mundo.

Por Eng. Amílcar Brunazo Filho

A esperança de ingressar no Primeiro Mundo tem aparecido em muitos momentos e ambientes da sociedade brasileira. É uma ambição eticamente aceita e também é um fator desencadeante de ações que estimulam a nosso desenvolvimento social. Um dos fatos que tem sido citado como exemplo de queo Brasil caminha firme para o primeiro mundo, é o pionerismo do nosso sistema eleitoral informatizado. Desde a década do 80, a nossa Justiça Eleitoral, em seus diversos níveis, ensaiava o uso da informática dentro do processo eleitoral. Em 1982, tivemos a malfadada tentativa do TRE-RJ de informatizar a totalização dos votos e que acabou num grande escândalo, a primeira fraude eleitoral informatizada, que ficou conhecido como Caso Proconsult, a qual respingoui nclusive sobre a imagem o antigo SNI, hoje chamado de ABIN (N.do E.:Agência Brasileira de Inteligência, a nossa CIA - guardadas as proporções,naturalmente) Em 1985, o TSE começou o processo de recadastramento dos eleitores.Novas tentativas de informatização da totalização foram sendo feitas até que em 1996, com a adoção da Urna Eletrônica, foram informatizadas a identificação do eleitor no momento da votação, a própria votação e a apuração dos votos de cada seção eleitoral. A Urna Eletrônica foi implantada em três etapas, nas eleições de 1996,1998 e 2000, atingindo um terço do eleitorado de cada vez, de forma que no ano de 2000 o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a ter 100% dos eleitores votando num processo 100% informatizado, em todas as suas etapas,desde o cadastro dos eleitores, passando pela identificação destes na hora do voto, a votação propriamente dita, a apuração dos votos de cada urna, a totalização dos votos até a divulgação dos resultados pela Internet. E para muitos este é um motivo de inegável orgulho, uma prova do desenvolvimento tecnológico do Brasil. Mas, para muitos outros ficam algumas dúvidas: Por que outros países, econômica e tecnologicamente mais desenvolvidosque o Brasil, ainda não informatizaram todo o processo eleitoral,especialmente a apuração dos votos? Por que os países que nos vendem as peças e os programas básicos das urnas eletrônicas, não informatizam eles mesmos suas eleições? Por que a ABIN continua tendo participação ativa dentro do processo eleitoral? Talvez o Brasil não esteja na linha de frente do domínio da tecnologia de informatização do voto e sim tenha ultrapassado esta linha de maneira precipitada e imprudente. O que se coloca aqui é um convite ao eleitor brasileiro para que reflita com calma, e sem ufanismo simplório, se o caminho da informatização do processo eleitoral brasileiro está sendo construído sobre bases sólidas ou sobre mitos, conluios e enganações. A credibilidade de uma democracia no mundo moderno se constrói começando pela confiabilidade do seu processo eleitoral e este, por sua vez,está apoiado em três pés: a votação, a apuração e a fiscalização. Na firmeza de cada uma destas pernas do processo eleitoral se apoiará a legitimidade final da democracia de um país. Infelizmente a credibilidade de nossa democracia está totalmente comprometida pela falta de transparência do nosso processo eleitoral informatizado. Quem conhece e analisa os detalhes, verifica que a votação eletrônica brasileira foi construída de maneira que a fiscalização externa é totalmente inócua. Quebra-se, assim, uma das pernas de sustentação do modelo de confiabilidade eleitoral e, por conseqüência, nossa democracia perde credibilidade e até legitimidade. A penúltima etapa do processo eleitoral informatizado no Brasil, a apuração dos votos de cada seção eleitoral, foi implementada por meio de uma máquina de votar inauditável, uma verdadeira "caixa preta" da qual nenhumpartido político, fiscal ou auditor externo ao Tribunal Superior Eleitoral,TSE, jamais teve acesso para conferir sua integridade. Apesar da desinformação provocada pela Justiça Eleitoral, que insiste em divulgar que tudo é transparente e conferido pelos partidos, a avaliação sobre o sistema informatizado de eleições, feito pela Unicamp e recentemente divulgado, revela de forma inequívoca que existiam, sim, programas decomputador mantidos secretos pelo TSE até 2000 e que aos partidos políticos não era possível conferir os programas efetivamente colocados nas urnas eletrônicas, se estavam íntegros ou se teriam sido modificados. E como já aconteceu em 1996, 1998 e 2000, nas eleições de 2002 também se utilizará máquinas de votar nas quais não há como se recontar os votos nem os partidos políticos tiveram disponíveis meios técnicos satisfatóriospara conferir a integridade de seus programas. Em agosto de 2002, na apresentação dos programas de computador do TSE aos partidos políticos, ocorreram lances muito significativos. O código do Sistema Operacional VirtuOS só poderia ser visto e analisado por apenas 3 dias, pelos técnicos que pagassem R$ 250.000,00 à empresa proprietária do programa. Nenhum partido concordou com este pagamento e, consequentemente, nenhum partido analisou o seu conteúdo que estará instalado em mais de 360.000 urnas eletrônicas. As demais 50.000 urnas eletrônicas conterão outro Sistema Operacional,o Windows CE, que apesar de ter seu código aberto aos fiscais, tem um porte desmesurado com seus mais de seis mil programas e dois milhões de linhas de código, de forma que nenhum dos partidos políticos analisou sequer 1% do seu conteúdo, nos cinco dias em que estiveram disponíveis. Todos os técnicos que estiveram presentes a esta apresentação, mesmo os que manifestaram confiança no sistema, declararam que em cinco dias é impossível se avaliar o sistema por inteiro. Os técnicos da Unicamp nem aceitaram a tarefa de avaliar o sistema de 2002 por causa desta exigüidade de tempo. Cabe uma pergunta: Será que um sistema eleitoral, que não permite conferência da apuração e nem passa por auditoria externa independente, pode ser chamado de "coisa do Primeiro Mundo"? Para escapar do debate sobre esta questão e esconder o modelo desegurança obscurantista que adotou desde 1996, o TSE tem desenvolvido um grande trabalho de propaganda e de assessoria de imprensa para difundir a idéia de que o Sistema Eletrônico de Votação é 100% seguro contra fraudes e que o eleitor e os partidos podem confiar cegamente nas capacitação técnicada Justiça Eleitoral. E tem conseguido algum sucesso nesta empreitada de criar uma imagem de segurança que deixe a população tranqüila. Para atingir este nível de confiança, não se poupou esforços nem se respeitou com muito rigor princípios morais e legais, como a transparência dos atos do serviço público. Baseados no eticamente discutível princípio maquiavélico, de que o fim justifica os meios, funcionários do TSE não se importaram em sacrificar a verdade para tentar convencer o eleitorado de que o sistema por eles trazido é confiável. O primeiro grande engodo, dito repetidamente por quase todos os administradores do processo eleitoral, em todas as suas instâncias, é que o sistema é 100% seguro contra fraudes. Se isto fosse verdade o Brasil teria conseguido criar o único sistema informatizado 100% seguro do mundo! E isto,certamente, não é verdade. Para justificar este grande engodo, uma porção de outras mentiras tem sido contadas por representantes da Justiça Eleitoral, e inadvertidamente repetidas pela imprensa em geral, ao longo do últimos quatro anos, tais como: · Todos os programas da urna são analisados pelos partidos políticos; · Violar a urna eletrônica é impossível sem se romper seus lacres; · A rede de computadores do TSE é à prova de invasões (inclusive por agentes internos mal intencionados); · A zerézima garante que a urna eletrônica está vazia antes da votação se iniciar. E aqui surge o título deste artigo: Zerézima é um neologismo criado pelo corpo técnico do TSE para designar o relatório impresso pela urna eletrônica, no início do processo de votação, onde o nome de cada candidato aparece como tendo zero votos. Segundo estes técnicos do TSE, a zerézima é a garantia de que não existemv otos previamente depositados nas memórias da urna eletrônica. Mas será mesmo uma garantia? Certamente, não é. Qualquer programador de computador, mesmo iniciante, sabe que é possível se imprimir uma coisa, a zerézima por exemplo, e guardar outra coisa na memória do computador e também sabe que é perfeitamente possível começar o processo de votação e apuração com zerovotos para todos os candidatos e depois ir desviando uma porcentagem dos votos conforme estes forem sendo dados. Se a zerézima é o que o TSE pode nos oferecer como garantia de lisura na apuração, então não temos garantia real nenhuma, e em vez de ingressarmos no Primeiro Mundo, onde idealmente a apuração das eleições públicas deveriam ser claras e transparentes, a Urna Eletrônica remete o Brasil diretamente ao Zerézimo Mundo, onde o eleitor não pode ver o seu próprio voto e a oposição não tem como fiscalizar a apuração.

E o Zerézimo Mundo é qualquer coisa, menos uma democraciaverdadeira.

Fonte: http://www.softwarelivre.ufsc.br/pipermail/gufsc/2002-September/000473.html

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Depois de ler este texto, vejam a entrevista com o engenheiro no site http://www.tvcidadania.com.br/_programas_relatorio_alfa_tv.php

Conclusão: eu me sinto um palhaço sendo obrigado a participar desse joguinho RIDICULO que chamam de democracia, ou seria DEMOcracia??
Favor divuldar...

sexta-feira, setembro 22, 2006

Blogs Legais

Grupo de Jornalismo On-line da Facom.

Finalmente achei o novo blog do Ivan Tiago.

Outro Blog legal, com ideias econômicas e links bacanas.

"Não Vote Nulo, Vote Nela."

O PSTU está trabalhando em duas frentes nesta eleição, oficialmente eles apoiam HH, mas fazem campanha é pro voto nulo, olhem um email que recebi desse povo:

Porque os Revolucionários devem votar nulo!!!

Teses Sobre as Eleições de 2006, escritas pelo Profº Sérgio Lessa. Uma análise da conjuntura social e política do Brasil, justificando o porquê de ser viável uma campanha pelo voto nulo ou abstenção nas eleições deste ano e as finalidades de uma campanha neste sentido.
(...)
II.5. Dado importante da conjuntura tem sido o crescimento do PSTU e do CONLUTAS. Em que exatamente se resultará este crescimento é difícil dizer. O PSTU tem, como uma de suas características principais, a avaliação de que caminhamos para uma crise revolucionária no prazo de alguns poucos anos. Isto faz com que em suas avaliações o fator tempo tenha uma enorme premência. O que se traduz em sua dificuldade em trabalhar em frente (isto é, incorporar que o programa de uma frente tem que ser o programa máximo do setor mais atrasado) e a tendência a impor, por qualquer meio, as medidas e ações que considera imprescindíveis. Ao mesmo tempo, em alguns momentos, em sua tentativa de ampliar sua base e sua influência, cede onde não deveria, como no caso de recomendar voto em Lula no segundo turno das eleições passadas ou, então, como ao chamar hoje para uma frente o PSOL e o PCB. A esta altura, apoiar a candidatura da Heloísa Helena significa, na prática, rever as críticas do PSTU ao PT, pois é, de fato, um apoio político ao mesmo "cretinismo parlamentar".

E ai Guillermo, esta eleição vai votar nulo ou tem candidato?

sábado, setembro 16, 2006

Isso não é um Partido, é uma Quadrilha.

Mas que partido sujo, eu pretendia votar pelo menos no Wagner pra governador, mas depois dessa armação nem mais isto.
Olhem só o plano armado pelo PT nacional para acusar o Serra as vesperas da eleição e (segundo o Zé Dirceu) "jogar uma pá de cal na candidatura Alckimin".


Via RA - Primeiro tempo
A revista IstoÉ, mesmo sem ter em mãos qualquer evidência do envolvimento de Serra e contra até as palavras dos “entrevistados” — os mesmos que estavam vendendo provas —, deu uma chamada tão escandalosa quanto mentirosa na capa. Agora nós sabemos. Era só o primeiro tempo da armação

Segundo tempo
No primeiro tempo, Serra, claro, negaria as ligações com Vedoin. Aí, então, viriam as “provas”, na forma de fitas e fotos. Estas estavam sendo vendidas pelos Vedoin, os queridinho da capa da IstoÉ, por R$ 1,8 milhão (na verdade, foram, R$ 2 milhões; conto depois). O comprador era um conhecido militante do PT.

Terceiro Tempo
O terceiro tempo consistia em mostrar no horário eleitoral as supostas fotos comprometedoras. Quais? Nada. Serra em solenidade de entrega de ambulância, o que, evidentemente, lhe cabia como ministro. É a novilíngua petista: o crime é chamado de normalidade, e a normalidade, de crime.


Via CH - PF: operação por um triz
No Mato Grosso, a Polícia Federal passou a noite de quinta trabalhando e não encontrou um só juiz federal que emitisse mandados de busca para a operação que apreendeu fotos e vídeos do ex-ministro da Saúde José Serra na Planam. A operação, revelada ontem neste site, mostrou que Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia, negociava o material com o PT por R$ 2 milhões. O dinheiro do negócio foi apreendido em São Paulo.

Receptador
Em São Paulo, a PF apreendeu com Valderan Padilha R$ 1,715 milhão em espécie. Era o homem do PT pronto para comprar o material contra Serra.


Via - Noblat Membros da CPI defendem Serra e Barjas
Em nota divulgada ontem à noite, integrantes da CPI dos Sanguessugas dizem não haver provas contra os ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB) e Barjas Negri.
Até que as denúncias sejam levadas a juízo (e não devem ser), os membros da CPI nada farão.
Abaixo, trechos da nota:
1) Os Srs. Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin foram instados, por diversas vezes, a se pronunciarem a respeito de eventuais conexões com o Ministério da Saúde durante o período em que o Sr. José Serra exerceu o cargo de Ministro. Em todas essas oportunidades, o Sr. Vedoin negou peremptoriamente a existência de envolvimento do Sr. José Serra com o esquema que havia sido montado em torno da compra de unidades móveis de saúde;

Via Folha Online - Empresário sanguessuga queria vender fotos de tucanos por R$ 2 mi, diz PF
A Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato a governador em São Paulo pelo PSDB, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas em Cuiabá em 2001.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Onde é que nós vamos parar...


O momento é estarrecedor. Se filmarem Lula com máscara, invadindo um banco para roubá-lo, vão dizer que ele queria roubar para dar aos pobres”.
Pedro Simon (PMDB-RS)

Via petralhas.

Pastores Aproveitem

O doutorado em divindade está em promoção.

Guerra das Raças?

Vejam o que no relata o Otambosi, começou a guerra das "raças".

Num episódio que marca novo lance de tensão racial na primeira universidade federal a criar o regime de cotas para o exame vestibular, os alunos da Universidade de Brasília (UnB) enfrentam uma situação de perplexidade desde que se descobriu, ontem, uma operação clandestina para tentar desmoralizar uma das mais respeitadas pesquisadoras do País, a professora Lúcia Avelar, diretora do Instituto de Ciência Política.

Conhecida por ter assumido um papel ponderado nas investigações em torno de um professor acusado de cometer ofensas racistas em sala de aula, cobrando que todas as partes envolvidas fossem ouvidas antes de qualquer deliberação, Lúcia Avelar aceitou convite para participar de uma mesa-redonda sobre eleições e democracia no Brasil, marcada para hoje, na abertura de uma atividade definida como "Semana Política". O que ela não sabia é que se pretendia aproveitar a oportunidade para, conforme palavras textuais do aluno que idealizou o plano, deixá-la com "cara de trouxa"."


O texto completo tá no Blog do Otambosi, agora o que eu fico chateado é essa mania dos "guerreiros" de militar em debate de todo e qualquer tipo; de debate sobre software livre a discussão sobre o carnaval ou o plano diretor da cidade, eles estão em todas.

Segundo o Nemerson, estes são apenas os ovos da serpente.

terça-feira, setembro 12, 2006

Se for a um debate; leve a militância para lhe aplaudir e vair os adversários

Debate é para se discutir, né? Pois não é o que pensa a Educafro;

"Nesta segunda-feira (11/09), das 17:00 às 19:00 horas, no 9° andar da Associação Comercial de São Paulo, Rua Boa Vista, 51, no Centro, acontecerá um debate com o seguinte tema:"COTAS RACIAIS OU COTAS SOCIAIS?" Este evento está sendo promovido pelo Instituto Millenium e pela Associação Comercial de São Paulo.
O Frei David será um dos participantes da mesa, e a Educafro precisa marcar presença no evento.O núcleo, que enviar o maior número de representantes terá uma avaliação diferenciada. O Vestibular de Cidadania se aproxima e além da nota da prova será avaliado a participação dos nossos guerreiros/as nos eventos práticos de cidadania. Vai ficar de fora dessa? Organize um grupo para representar seu núcleo!"


Que especie de debate civilizado é esse em que se convoca a militância para aplaudir os amigos e vair os adversários. Muito triste isso. Vejam o resumo do debate pelo Reinaldo Azevedo e pelo Claudio Shikida.

Mais Pesquisas

Estas são do Ibope;

-GOVERNO DO ESTADO

Paulo Souto (PFL): 50%
Jaques Wagner (PT): 26%
Atila Brandão (PSC): 2%
Antonio Albino (PSDC): 1%
Rosana Vedovato (PSL): 1%
Tereza Serra (PRONA): 1%

-SENADO FEDERAL

João Durval (PDT): 29%
Antônio Imbassahy (PSDB): 24%
Rodolpho Tourinho (PFL): 16%
Juca Chaves (PSDC): 2%
José Maria (PCO): 2%
André Luis (PSOL): 1%

segunda-feira, setembro 11, 2006

Pesquisa nova

O governador Paulo Souto aparece com 52,3% das intenções de voto e seria eleito no primeiro turno. O petista Jaques Wagner tem 20,3%.

Debate, pressupõem divergência de idéias

Claudio Shikida e Reinaldo Azevedo estão hoje discutindo cotas raciais e sociais, num debate promovido pelo Instituto Millenium e pela ACSP, debate este que eu adoraria assistir.
Ambos são contra as ditas cotas e explicam o porque. É isso que anda faltando no debate político brasileiro, saiu no Atarde de sábado matéria com os líderes da juventude de diversos partidos na Bahia.

Quando perguntados se eram a favor de cotas para negros nas universidades eles respoderam:
PSDB Jovem, Elmo do Santos de 36 anos, "Há divisões dentro do meu partido mas eu sou a favor de cotas para negros."
PFL Jovem, Leonardo Prates, 28, mestrando em economia da UFBA, "Sou a favor de cotas por classe econômica"
Os dos outros partidos (PMDB, PCdoB, PSOL, PSTU, PSC) todos foram a favor das cotas raciais.

Cadê a opinião do Shikida e do Reinaldo entre os líderes políticos?

sábado, setembro 09, 2006

AsquintaS

Vendo o título deste último post, não posso deixar de pensar naquele slogan que vem sendo veiculado em alguma propaganda do TRE. Dizem eles, "o futuro do Brasil está nas suas mãos". Eu pensei q ótima frase pra escrever na parede do mictório, mas interpretando a frase de P.Betti parece q pode haver um novo sentido nela.
mas em tempos de merda, nas mãos e nas cabeças, mensalão, sanguessugas, Okamotos, Azeredos, Valério e Dudas, vale a pena ver o site da Transparencia Brasil, um grande banco de dados para vc não dizer depois como certas figuras da República, "eu não sabia..."

quarta-feira, setembro 06, 2006

Economics in Six Minutes

Bigode me disse que vai fazer o vestibular da Ufba pra economia, bem que ele podia economizar 4 ou 5 anos e pegar este resumão.

Oriente Médio, parte final

A retirada israelense do sul do Líbano no ano 2000 minava a necessidade de existência do Hizbollah em se manter enquanto milícia armada. O Hizbollah então precisava urgentemente encontrar uma justificativa para não entregar as armas, assim como as outras milícias armadas fizerem ao fim da guerra civil libanesa em 1990. Apesar da ONU ter reconhecido que Israel havia totalmente se retirado do Líbano, os terroristas do Hizbollah passaram a reivindicar como objetivo a ser alcançado a posse de um pequeno pedaço do Golan, além de também ter como objetivo a destruição do Estado de Israel. As colinas do Golan é parte de Israel e devido a sua posição militar estratégica, foi um território tomado e anexado da Síria na Guerra dos Seis Dias, quando o exército sírio juntos com outros exércitos árabes mais uma vez tentou destruir o Estado israelense.

A Síria, que até hoje reivindica o Golan de volta, na tentativa de dar uma justificativa para a contínua existência do grupo terrorista enquanto milícia armada, fala publicamente que a região extremo norte do Golan (as fazendas de Chebaa) são pertencentes ao Líbano. Deste modo, a luta do Hizbollah contra Israel não precisa acabar.

Em 2004 a ONU aprovou a resolução 1559 que obrigava que todas as milícias libanesas (leia-se Hizbollah) fossem desarmadas. O governo central libanês não tomou as medidas cabíveis e os milhares de soldados que formavam as forças de monitoramento de paz da ONU tampouco implementaram a resolução, pelo contrário, o Hizbollah passou a ter cada vez mais autonomia política no sul do Líbano e ainda conseguiu posteriormente se eleger em 10% do parlamento nacional libanês.

Desde o início da sua criação, principalmente nos seis anos (2000-2006) em que o exército israelense permaneceu fora do Líbano, cumprindo integralmente a resolução 425, à Síria e, sobretudo o Irã vem dando significativo auxilio militar, financeiro e logístico ao Hizbollah. Até o início da atual guerra nunca um foguete do Hizbollah havia ultrapassado 20 km além da fronteira. Graças ao apoio militar iraniano milhares de foguetes procedentes de solo libanês chegaram a até 80 km dentro de Israel, matando até o presente momento (08/08/2006) um total de 38 civis israelenses e ferindo mais de 700, causando enorme destruição em todo o norte do país.

Após seis anos de ataques e provocações por parte do Hizbollah quase que diários, período em que mais uma vez as forças internacionais da ONU falharam em manter o sul do Líbano um lugar seguro de ataques a Israel, a gota d´água foi quando cerca de cem terroristas do Hizbollah, numa mega operação, invadiram solo israelense, mataram oito soldados e seqüestraram outros dois....era o começo de mais uma outra guerra. Alguns dizem que o Hizbollah se surpreendera com a resposta militar de Israel, contudo isso não aparenta ser verdade. Apenas semanas atrás um outro soldado havia sido seqüestrado em situação muito semelhante quando terroristas do Hamas haviam também invadido solo israelense e a resposta militar por parte de Israel havia sido extremamente significativa. O curioso de tudo é que o Hizbollah, já prevendo a reação israelense, resolveu começar uma guerra justo uma semana antes do comitê de segurança da ONU se reunir para tomar uma decisão mais concreta sobre o programa nuclear iraniano. Estava na hora do governo do Irã usar o Hizbollah para começar uma guerra com Israel para tentar mudar o foco de atenção mundial.

Muito na mídia tem sido exposto e falado sobre o grande numero de morto no Líbano, em especial em relação aos civis. Voltamos então ao ponto inicial do texto. O Hizbollah até o presente momento (08/08/2006) já enviou mais de três mil e trezentos foguetes para Israel e, no entanto o numero de mortos (38) e feridos (700) aparenta ser significativamente inferior ao do lado libanês. Existem algumas razoes para tal diferença numérica, contudo a principal delas a ser apontada é que após inúmeras guerras, Israel acabou tendo que aprender a proteger seus cidadãos e sobretudo na região do norte os abrigos subterrâneos ou “bunkers” são facilmente encontrados. Milhares de israelenses estão vivendo nesses bunkers, esperando que a guerra termine. Caso não houvesse tais abrigos, o número de perdas civis seria muito superior.

O sofrimento israelense com a guerra quase não recebe cobertura na mídia mundial e principalmente na mídia brasileira. Falemos então sobre as baixas civis no Líbano. Até o presente momento (08/08/2006) as autoridades libanesas proclamam que mais de mil libaneses já foram mortos. Israel afirma ter matado 475 membros do Hizbollah (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1091424-EI308,00.html), o que pode-se dizer que seria algo em torno de 47,5% de acerto. Contudo, mais da metade dos mortos libaneses seriam civis... o que poderia explicar isso?

Bom, primeiro é preciso definir o que viria a ser um civil e para tal é necessário definir o que viria a ser um militar. Os militares e um exército de modo geral deve ser devidamente identificado com fardas, suas bases militares devem ser estabelecidas em regiões fora de áreas civis e o seu objeto de combate deve ser unicamente um outro exército. Isso é a explicação clássica e convencional, sendo os civis toda população que não fosse militar. Contudo, não há nada de convencional nessa guerra. Ou melhor, não há nada de convencional em qualquer guerra que envolva terroristas.

Existe uma grande diferença, tanto legal quanto moral, entre um bebê de 2 anos que morre ao ser atingido por um foguete e um adulto de 30 anos que permite que sua casa seja usada como depósito de foguetes katyucha. Ambos são tecnicamente civis, mas o primeiro é muito mais inocente que o ultimo. Existe também uma diferença entre quem é apenas simpatizante e vota para representações políticas de grupos terroristas e os que ajudam os grupos terroristas com auxilio financeiro e suporte material. Finalmente, existe uma diferença entre os civis que são mantidos reféns e usados contra a sua vontade como involuntário escudos humanos e civis que voluntariamente que se colocam ao redor dos terroristas para os protegerem de artilharia inimiga. Essas diferenças e outras são todas camufladas com o simples uso da palavra: Civis. Nem sempre mulheres e crianças podem ser contados como civis, mas invariavelmente os são por agencias de noticias. O terrorismo vem cada vez mais fazendo uso de mulheres e crianças para atividades terroristas.

O exército de Israel vem há dias e semanas lançando panfletos para que as populações civis venham se retirando da região sul do país, de forma que aqueles que voluntariamente permanecem onde estão, tem algum grau de cumplicidade. Aqueles que não podem nem puderam se mudar de onde estão então de fato devem ser contados como vítimas civis inocentes. Toda morte de civis é uma tragédia, mas algumas são mais trágicas que outras.


Como já estabelecemos antes, o terrorismo se apresenta como uma forma muito mais eficiente de combater seus inimigos do que os fracassos militares dos governos árabes de anos atrás. Os terroristas do Hizbollah se camuflam entre civis muito facilmente, pois não usam fardas. Além disso eles não só guardam seus coletes, óculos de visão noturna, granadas, lançadores anti-tanques, metralhadoras e etc, em regiões altamente povoadas, mas principalmente os seus milhares (estima-se de 10 á 13 mil) mísseis que vem aterrorizando a população civil de Israel há anos. E eles não só guardam esse milhares de mísseis em áreas civis, mas eles fazem lançamentos desses mísseis para atingir cidades israelenses partindo justamente dessas cidades e vilarejos libanesas. http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2006/Operation+Change+of+Direction+Video+Clips.htm#photos

A verdade é que a Lei Internacional permite matar civis libaneses e proíbe matar civis israelenses. Evidente que a primeira vista tal frase pode parecer um absurdo, no entanto está correta. De acordo com a Convenção de Geneva, assinado em 12 de Agosto de 1949, parte (IV) relativo à proteção de civis em tempos de guerra:

O artigo 28 diz a quem se esconde entre civis (como o Hizbulah e o Hamas) que o fato de eles se esconderem ali, não torna o lugar em uma região imune ao ataque do outro lado do conflito (nesse caso, Israel).

O artigo 29 vai mais longe ainda: ele diz ao Hizbulah e/ou ao governo do Líbano (e, no caso de Gaza, ao Hamas e a Autoridade Palestina) que, se Israel ataca-los lá, onde eles estão e, como conseqüência disso, morrerem civis, eles é que são os responsáveis pela morte dos civis e não Israel.

Em outras palavras: de acordo com a lei internacional, se o exercito de Israel quer atacar terroristas ou bases militares deles, dentro de prédios residenciais, Israel nem precisaria avisar com antecedência (como Israel fez, na verdade, lançando panfletos de aviões, dizendo a população daquele lugar pra sair de lá, para não serem atingidos). Israel pode atacar zonas urbanas e residenciais sem nenhum problema de moralidade ou legalidade. Isso porque, a responsabilidade pela morte dos civis, não cai em cima dos ombros de Israel e sim, sobre os ombros do Hizbulah e do governo do Líbano.
A própria ONU reconhece que os terroristas são os culpados pelas mortes de civis libaneses. http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2006/jul/25/153.htm

O Hizbollah, por outro lado não tem direito algum a atingir e matar civis israelenses, pois o exército de Israel veste uniformes e tem suas bases militares sempre estabelecidas em áreas fora das cidades.

Apesar de estar com a razão legal e de ser atingido por milhares de foguetes, ainda assim, Israel continua a usar apenas uma pequena fração do seu poder de fogo para desmantelar a infra-estrutura terrorista, sobre receio de atingir civis libaneses no processo. Israel poderia militarmente resolver o conflito de duas formas que acabaria com os envios de foguetes para cidades israelenses. A primeira seria fazendo uso maciço de força aérea, contudo o numero atual de civis mortos no Líbano poderia se tornar irrisório comparado ao que poderia vir a chegar. Israel então vem se utilizando de uma outra alternativa e vem fazendo cada vez mais operações por terra, arriscando a vida de seus soldados, dos quais mais de 60 até o presente momento (08/08/2004) vieram a falecer em combate.

Essa guerra tem sido de interesse especial para o Brasil, pois comporta a maior comunidade de libaneses e descendentes do mundo com cerca de seis milhões. Não só isso, mas 8 brasileiros foram mortos e algo em torno de dois mil brasileiros retornaram ao Brasil. Historicamente a grande maioria dos libaneses que vieram para o Brasil eram cristãos e muitos vieram para cá em meados do século XX, justamente para fugir das agressões dos muçulmanos. De qualquer forma, o Brasil também tem uma razoável comunidade de libaneses e descendentes que fazem parte da comunidade muçulmana no Brasil, sobretudo em Foz do Iguaçu, na região da Tríplice Fronteira.

Segue aqui ao fim do parágrafo uma noticia que fala sobre um garoto libanês de 16 anos que vivia no sul de Beirute e que fazia parte do Hizbollah até ter se mudado recentemente para o Brasil. Ele diz na reportagem que o grupo terrorista recrutava garotos a partir dos 14 anos para receberem aulas de tiro e treinamento em geral. O garoto foi aprovado a treinar nas divisões de base do Flamengo e ao menos por enquanto, vem trocando as armas pela bola.
http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/29/int-1.93.9.20060729.6.1.xml

O último brasileiro morto no atual conflito se chamava Ibrahim Saleh e tinha apenas 17 anos. Ibrahim era membro do Hizbollah e morreu quando lutava nas fileiras do grupo terrorista contra Israel na cidade de Maroun er Ras, no sul do Líbano. Segundo a família do garoto, Ibrahim foi atraído muito cedo pela ideologia do grupo xiita, e seu sonho sempre foi morrer lutando contra Israel. A tia e a mãe do jovem rapaz se dizem orgulhosas do garoto e receberam diversos telefonemas as parabenizando pela ação de Ibrahim. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u98659.shtml

É importante se deixar claro, que não tenho a intenção de insinuar que todos os brasileiros que vivem no Líbano são terroristas, pois tal afirmativa seria uma generalização tola e preconceituosa, contudo, é importante manter uma perspectiva crítica, pois a situação é bastante complexa. A grande comunidade libanesa no Brasil é uma grande emissora de recursos para o Hizbollah que mantém vários projetos sociais. Contudo, invariavelmente, parte desse recurso é usado na infra-estrutura do terror.

Muitos se perguntam o porquê de Israel estar danificando infra-estrutura libanesa se a guerra é apenas contra o Hizbollah. Qual seria o propósito de se destruir pontes, estradas, aeroportos, criar um bloqueio marítimo, etc.

Como foi dito anteriormente, o Hizbollah recebe apoio logístico e militar da Síria e do Irã, de modo que com a infra-estrutura libanesa permanecendo intacta, os terroristas poderiam muito rapidamente serem reabastecidos com todo o material bélico que necessitem, prolongando o tempo de guerra e consequentemente a dor e perda de milhares de civis em ambos lados da fronteira.

Perguntam também o porquê de haver complicações em a ajuda humanitária chegar ao sul do Líbano e entre outros fatores, novamente entra na questão dos terroristas se infiltrando e se passando por civis, carregando armamentos e etc. De fato que cada guerra é uma história diferente, mas seque aqui um vídeo que mostra uma ambulância palestina que tentava passar por um posto de fiscalização israelense. Alem do motorista, um garoto e uma senhora, a ambulância continha uma caixa com um cinturão-bomba, que muito certamente seria usado contra israelenses civis em bares, clubes, ônibus, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=cz-BFq6G7Ac

Existe uma tendência natural na mídia em mostrar o que há de pior. Costuma-se dizer que para a mídia não há melhor notícia do que a pior notícia, pois ela é a que mais vende. Deste modo, algumas agências de noticias e a mídia árabe, com apoio até mesmo dos grupos terroristas, que tem uma boa acessória de imprensa, se apressam para lançar novas notícias sobre as manobras militares israelenses e suas conseqüentes baixas em civis libaneses. Na correria pela divulgação de informações, os principais meios de comunicação mundial não devidamente procuram checar dados antes de enviar ao ar. O impacto negativo que uma noticia falsa ou exagerada pode causar, simplesmente não é eliminado com uma pequena notificação de correção.

Não é a primeira vez e infelizmente não deve ser a ultima que esse tipo de coisa acontece, mas sem me alongar mais nesse ponto, seguem aqui alguns lamentáveis incidentes jornalísticos sobre a atual guerra:

(A agencia REUTERS admite que adulterou uma foto de Beiture no Photo Shop para realçar a fumaça)
http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1154525816599&pagename=JPost%2FJPArticle%2FShowFull

(Após o ministro libanês Sinora ter chorado em público pela morte de supostos 40 libaneses, foi tempos depois anunciado que o numero correto foi de apenas um morto).
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1090466-EI308,00.html

(Após amplamente divulgado pela mídia mundial 56 mortos na cidade de Qana, dias depois a Humans Right Watch divulga que foram 28 o numero de mortos.)
http://www.deolhonamidia.org.br/Noticias/mostraNoticia.asp?tID=197


(Ainda em relação ao ataque em Qana, existem muitas questões que não se mantém coerentes. Como pode um prédio ter caído 8 horas após o bombardeio israelense? Como pode fotos tiradas em horas diferentes, por diferentes jornalistas de diferentes meios de comunicação mostrassem o mesmo rapaz, supostamente do corpo de resgate, socorrendo a mesma garota com ela nos braços? Teria ele passeado por horas e horas com uma menina ferida ou morta nos braços para satisfazer todos os desejos de fotógrafos e jornalistas da área? Porque os homens adultos foram cobertos e os corpos das crianças e mulheres expostos para a mídia? A verdade é que existem muitos porquês e serem questionados...)
http://www.frontpagemag.com/Articles/ReadArticle.asp?ID=23655

Distorcer imagens e informações é dos crimes mais graves que se pode cometer na mídia, senão o pior de todos.

A verdade é que a mídia, que é a formadora de opinião pública, prefere sempre culpar o país militarmente mais forte, mais rico e mais estruturado. Prefere culpar Israel pela morte dos civis libaneses do que culpar o Hizbollah.

Israel, ou qualquer democracia, que venha lutar contra o terrorismo nessas condições, fica na escolha entre perder a guerra militarmente ou perder a guerra na mídia. Cabendo então aos terroristas as opções de ganhar a guerra militarmente ou ganhar a guerra pela mídia. Na verdade, a mídia é usada como um ciclo de auto-alimentação para o terror, pois ao fazer o jogo dos terroristas, não apontando os verdadeiros culpados, os terroristas ganham não só carta verde, mas até mesmo estímulo para continuar. Quanto mais mortos civis, não só do lado israelense, mas do próprio lado libanês, então melhor para o Hizbollah.

Nem Israel, nem os Estados Unidos, Inglaterra ou qualquer outro país ou exército do mundo vai conseguir acabar com o terrorismo por vias militares, mas isso não significa que não devem se defender até que a raiz do problema seja resolvida. O terrorismo é uma ideologia e para ser destruído, precisa que a sua ideologia seja destruída. Os terroristas planejam, pretendem e acreditam ser possível alcançar todos os seus objetivos através do uso do terror. Existe uma grande inércia histórica por trás de todos os fatos que vem acontecendo nos últimos sessenta, setenta, oitenta anos no Oriente Médio. É bastante questionável se existia de fato um sentimento de coletividade e de povo entre os árabes que viviam na palestina em 1948 que os diferenciava de qualquer outro árabe daquela região, contudo hoje é inegável que existe sim uma cultura e uma identificação palestina enquanto povo. Trata-se de uma cultura baseada no ódio, no rancor, na intolerância e que ainda continua a ter como seu principal sonho a destruição de Israel, ao invés da formação e construção de uma pátria própria.

A história é no entanto, tudo menos estática, de modo que 58 anos é um período relativamente ainda muito curto para que os árabes e muçulmanos aceitem a realidade que é ter um país como Israel em pleno Oriente Médio. Os judeus, assim como os cristãos sempre foram tratados na absoluta maioria do mundo árabe, durante séculos, como cidadãos de segunda categoria, de modo que aceitar a existência de um país não-muçulmano naquela região é para muitos algo difícil que infelizmente ainda levará tempo.

Uma cultura baseada em ódio não pode durar tanto tempo. Mais cedo ou mais tarde o terrorismo vai falhar em destruir Israel e vai se aperceber disso, nem que esse processo leve séculos. Estará então destruída a fonte do terrorismo, a ideologia do terror e a esperança em que o terrorismo pode alcançar resultados.

Países como a França e Inglaterra, que foram adversários históricos e envolvidos em inúmeras guerras sangrentas, hoje são nações em paz com amplas relações. A democracia, a educação, a prosperidade econômica e o respeito pela liberdade no seu sentido mais amplo têm ajudado consistentemente a deixar a política do ódio para trás.

Durante essa guerra, milhares de egípcios protestaram em Cairo contra Israel, exigindo que o Egito expulsasse o embaixador israelense, cortasse relações, rasgasse o Acordo de Paz entre Israel e Egito, feito em 1979 e declarasse guerra a Israel. O presidente egípcio Hosni Mubarak disse que a era das aventuras acabaram, que o Egito não tem mais 25, mas 70 milhões de habitantes e precisa prover e investir cada vez mais em saúde, educação, infra-estrutura e etc. Mubarak certamente não morre de amores por Israel, e nem Israel faz questão disso, mas existe um respeito e reconhecimento mútuo e parte do rancor de quatro guerras disputadas entre os dois, aos poucos vai sendo dissolvida com o tempo.

Cinqüenta e oito anos atrás Israel estava sendo atacado por sete exércitos. Hoje Israel está em paz, mantém acordos comerciais e projetos de pesquisa em conjunto com os seus vizinhos Egito e Jordânia. Evidentemente que nem tudo são flores na atualidade, mas a história será testemunha futura. No futuro é bem possível que alguém estude sobre os séculos e as muitas guerras que aconteceram no Oriente Médio, até que finalmente Israel conseguisse viver em paz com seus vizinhos. Nossos descendentes verão.
Por: Saulo da Rocha

terça-feira, setembro 05, 2006

Ao contrário de Fidel e Chávez

Intelectuais apóiam Helena

Da Folha de S.Paulo, hoje:

"Mais de 250 intelectuais de todo o mundo, entre eles o lingüista e ativista americano Noam Chomsky, o sociólogo francês Michael Lowy, o cineasta britânico Ken Loach e o filósofo esloveno Slavoj Zizek, assinaram um manifesto que critica o governo Lula por ter seguido "um típico curso social-liberal, desapontando milhões de pessoas que votaram nele com a esperança de mudança social e política radical e pessoas do mundo inteiro que esperavam do Brasil novo impulso à luta antiimperialista".

No texto, o grupo informa que apóia a candidatura de Heloísa Helena, do PSOL, à Presidência por ela ser "a candidata que levanta as bandeiras históricas do movimento operário brasileiro, dos camponeses, dos pobres e dos oprimidos". Entre essas bandeiras, citam: a reforma agrária radical, a suspensão do pagamento da dívida externa e a rejeição da Alca. A nota foi divulgada pela campanha de Heloísa Helena."