terça-feira, abril 11, 2006
Segurança nacional e hotel à beira-mar
Deu no jornal A Tarde de ontem. A Prefeitura Municipal de Salvador (PMS) concedeu um alvará para a construção de um hotel com 3 andares, em área que o Plano Diretor permitia no máximo 2 andares. A área é um morro à beira-mar, na Avenida Oceânica, ao lado do Clube Espanhol. O hotel – e centro de convenções – é da Aeronáutica, que para convencer a Prefeitura a autorizar a obra, alegou “questões de segurança nacional”. Segurança nacional? Pois é. E porque não 4 andares? A nação talvez estivesse mais segura. Com 12 então, nem Bin Laden poderia incomodar. O documento da Aeronáutica para a PMS menciona que “... coesão estrutural do estado depende da manutenção do equilíbrio econômico, seja nas relações internas seja nas externas...” . Então tá! O que surpreende não é a Aeronáutica alegar este motivo para construir um hotel num lugar que devia ser de acesso público – é um mirante natural, com uma vista belíssima – mas a PMS aceitar este motivo como válido.
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2 comentários:
Gilberto, eu não estou entendendo o motivo da participação da Aeronáutica num empreendimento hoteleiro.
E outra coisa, aquela lei que impedia prédios que inflingissem um máximo de altura nas imediações da orla ainda está valendo?
Eu lembro que meu avô (coronel aposentado do exercito) sempre se hospedou nohotel do exercito aqui em salvador, ficava na amaralina.
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