Boxel faz sociologia mas no seu tempo livre ele gosta de ler poesia e coisas sobre cinema, hoje me dei conta que os livros que estou lendo por prazer são quase todos de sociologia.
Estou terminando de ler A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Max Weber, e estou começado outros 4 livros A Transformação da Intimidade de Anthony Giddens, A Galáxia da Internet de Manuel Castells, Escuta, Zé ninguém! de Wilhein Reich e A Cultura do Novo Capitalismo de Richard Sennett.
Fora as leituras do meu provável tema de monografia, o carnaval, que tem sido em sua maioria sociológicas, sobre o negro, segregação, blocos afro e afóxes, textos chatíssimos por sinal, mas tem também algumas analises interessantíssimas do Renato Ortiz e do Roberto da Matta, sobre as inversões e subversões da vida cotidiana no carnaval.
Mas não pensem que eu vou ler estes livros todos não, provavelmente eu sou vou chegar ao final de um deles, a maioria eu vou chegar na metade e vou perder o tesão pelo livro. André
2 comentários:
Pois é Feijon, isso tem sido inclusive uma das coisas em que mais tenho pensado ultimamente.
Eu gosto bastante de sociologia, o que me faz acreditar que não terei de abandonar mais um curso no 4o semestre, como fiz com Direito.
Mas acontece que a linguagem e os métodos científicos de compreensão da realidade às vezes me deixam tão entediado que geralmente eu preciso dialogar com outras formas de abstração da existência material. A arte hoje é para mim a principal (ou talvez única) forma não científica eficiente de lidar com a realidade.
Mesmo nestes poetinhas camaradas com que me deparo nestes últimos tempos - Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa - percebo diversas formas de entender a vida humana que a sociologia ou a psicologia de algum modo tentam expressar em longas teorias, elaborando para isso grandes e trabalhosas pesquisas. Tudo para relatar o que estas cabecinhas já descobriram ah muito tempo.
Já faz algum tempo que li a chamada de uma reportagem daquelas paginas amarelas de VEJA, a declaração de um psicólogo que em pesquisa recente descobriu ser a compreensão da felicidade como estado passageiro e o sofrimento como algo comum e às vezes necessário à vida do indivíduo, a melhor forma de alcançar a felicidade (!). A psicologia que me perdoe, mas Vinícius descobriu isso ah muito mais tempo. Se outro antes já não o tenha sugerido também.
No momento tenho me preocupado em descobrir em Fernando Pessoa algumas pistas do que eu acredito ser a relativização de alguns aspectos do método científico utilizado nas ciências sociais. Tem sido cada vez mais complicado pensar nisso, e portanto cada vez mais excitante também. A sociologia, tão certa do objetivismo que derrama sobre a realidade, pode estar perdendo em muito para a espontaneidade desinteressada da arte.
Boxel, você anda escrevendo muito bem, eu fico até impressionado.
F. Pessoa eu não sei, mas Vinicius de Moraes é a sabedoria em pessoa, hehehehehe.
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