A Organização da Libertação da Palestina (OLP) de Yasser Arafat mudou-se então para o Líbano. Milhares de imigrantes muçulmanos, a emigração cristã (muitos para o Brasil) e diferenças em taxas de natalidade, fizeram com que o equilíbrio demográfico que existia no Líbano se alterasse. O equilíbrio de poder que existia entre os cristãos e os muçulmanos na política não existia mais na demografia e, para os muçulmanos, isso precisava ser corrigido, digamos assim... era o início da guerra civil libanesa. Paralelamente a isso, os palestinos no sul do Líbano iam causando ataques ao norte de Israel, o que resultava em destruição e perdas de vidas civis.
Em 1978 um grande ataque terrorista por parte da OLP que acabou resultando na morte de 35 israelenses foi à razão para uma invasão ao Líbano. Israel invadiu o Líbano e avançou até dez quilômetros além da fronteira. O mundo reagiu em coro contra Israel, o Conselho de Segurança passou a resolução 425, impondo a imediata retirada das tropas israelenses do Líbano e enviando uma força internacional de paz. Em 1981 os Estados Unidos conseguiram um cessar-fogo, no entanto ele foi apenas formal, pois nos próximos 11 meses houve 270 ataques a Israel. Durante os quatro anos (1978-1982) as forças de paz não cumpriram seus objetivos, e os ataques da OLP e as conseqüentes retaliações continuaram.
Finalmente, em 1982 após inúmeros ataques por parte da OLP e uma tentativa de assassinar o embaixador israelense da Inglaterra, Israel invade novamente o Líbano e tenta desmantelar a estrutura terrorista liderada por Arafat. O exército israelense eventualmente conseguiu eliminar o perigo que a OLP representava para os cidadãos do norte de Israel e posteriormente a OLP se mudou para a Tunísia. Após tal fato, Israel procurou situar seu exército numa faixa de fronteira ao sul do Líbano, criando uma zona de segurança. Enquanto esse processo ia acontecendo, um outro fenômeno não menos importante ocorria...
Por: Saulo da Rocha
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