quinta-feira, dezembro 15, 2005

Reunião Domingo

Vai rolar a festa... então amiguinhos reunião domingo, no mesmo bat-horario e canal, pra falar de Democracia, suas limitaçoes, da Teoria da Escolha Pública e definirmos um programa de leitura para as fárias, sugestões... Eu já tenho duas:


O Último Homem e o Fim da História
de Francis Fukuyama, outro link aqui.

Amor Líquido de Zygmunt Bauman

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Textos

Texto que escrevi recentemente:
Teoria da Escolha Pública e Orçamento Participativo

E dois antigos:
Copyleft Além dos Software Livres

Copyright X Copyleft: Uma Análise Marxista da Indústria de Software



Segue um citação em homenagem a Teoria da Escolha Pública

"Se você gasta seu próprio dinheiro em você mesmo, você estará muito preocupado com o total de seus gastos e a maneira como é utilizado. Se você gasta seu dinheiro em outrem, você ainda estará muito preocupado com o montante dos gastos, mas menos preocupado com a maneira como é usado. Se você usa dinheiro alheio em seu próprio benefício, você não estará tão preocupado com a quantia gasta, mas estará preocupado com a forma de gastá-lo. Mas se você gasta dinheiro alheio em outras pessoas, você não se preocupará muito com o total dos gastos e nem com a maneira de gastá-lo." Milton Friedman

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Hedonismo é Vinicius de Moraes


Hedonismo mesmo é Vinicius e sua vida, poucas colocaram em pratica este valor como objetivo de vida. O que também não necessariamente leva a felicidade, mas leva a uma vida intensa, suas 9 esposas que o digam.

A Culpa é do Capitalismo


Não foram poucas as vezes que vi uma pergunta da platéia constranger um palestrante que não deveria se sentir constrangido por isso.
Foi no seminário Industrias Culturais, após a palestra do chefe da Central do Carnaval, alguém perguntou a ele para dissertar sobre o racismo e as desigualdades do carnaval. Uma pergunta que tinha como objetivo constranger o palestrante e que foi recebida com uma salva de palmas pela platéia.
Nos dias de hoje demonstrar um caso de sucesso pessoal é reacionário, legal mesmo é mostrar um caso de fracasso (bastante aplaudido) de um "poeta/escritor/compositor" que quer ajuda do governo como solução para seu fracasso.

Mas sim, a resposta que ele deu foi horrível, chamou a pergunta de discurso negativista. Vamos ao que interessa, qual deveria ter sido a resposta do reacionário de plantão, o chefe da Central do Carnaval no caso.
Bastava explicar ao sujeito que ele não liga a mínima pra isso, que o negocio dele é ganhar dinheiro, cash, money. Que se tem desigualdade e racismo no carnaval, não venham reclamar com ele.
Ele deveria explicar também que é exatamente para isso que existem os políticos, e se ele quer mudar as regras do jogo (do capitalismo) que ele se filie a um partido de esquerda, que vá reclamar do prefeito, do governador e do presidente.
Porque as regras como estão colocadas (o capitalismo do jeito que está) o obriga a buscar quase que exclusivamente o lucro, que ele só vai mudar de comportamento se as regras do jogo mudarem.

Se tivéssemos um marxista ortodoxo seria ótimo para explicar a todos que a luta política na se dá pelo convencimento ou constrangimento de palestrantes, mas pela expropriação deles, pela luta política, pela união do proletariado, blá blá blá...
Na pratica isso só afasta esses palestrantes, lembra Boxel daquele cara da Propeg que falou na Facom, você acha que ele volta lá algum dia? Hahahhahahha

Enquanto isso...

Seguindo minha campanha, 'A Direita Também é Cultura', segue trecho de texto do Olavo de Carvalho sobre o Bush

"Em terceiro lugar, George W. Bush, para a mídia brasileira, é o supra-sumo do direitismo, é o reacionarismo encarnado. Quando conto isso para os americanos, eles riem. Até velhinhos com Alzheimer sabem que o presidente caiu porque desagradou aos conservadores. Primeiro, deu moleza aos imigrantes ilegais. Segundo, gastou mais dinheiro estatal do que Lyndon B. Johnson, antes tido como o campeão do desperdício. Terceiro, não fez absolutamente nada para divulgar entre o povo a estratégia e as razões da guerra do Iraque. Sua omissão, nesse ponto, chega a ser suicida. Imbuído de desprezo inexplicável pelos seus relações-públicas e de uma confiança quase mística na idéia de que os fatos falam por si, Bush é o pior propagandista de si mesmo que já ocupou a presidência dos EUA."

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Lula: "Agora só falta você!"


Dirceuzinho foi embora, xau Dirceuzinho.
Quem viu o documentário Entreatos, sobre a campanha presidencial do Lula, lembra da reuniões do núcleo duro da campanha, estavam presentes O Lula, Dirceu, Palloci, Gushiken e o Duda Mendonça.
Destas figurinhas, Por quem voce botaria a mão no fogo? hahahhahaha. Mas, sim, como cada um já se deu tão mal, que não devem nem ter assento nas proximas reuniões do núcleo do PT, pois sujariam a imagem do partido. Minto, todo mundo não, falta o Lula, como naquela musiquinha eu canto, "agora só falta você"
Ah sim, sem um adiministrador como o Dirceu, sem um marketeiro como o Duda e sem um arrecadador como o Delúbio, ai sim eu quero ver... hahahahha
Ah, agora que eu cansei das minha prórpias piadinhas, só lembrando, a reunião de domingo (4/12) foi adiada pro próximo domingo (11/12).
Ah, vai rolar segunda e terça um seminário massa sobre industrias criativas com Rubens Ricupero e Carlos Lessa, inscriçoes no www.flem.org.br
Ah, vcs sabem por que o aeroporto de Salvador tem "deputado" no meio do nome? É porque senão a sigla ia ficar assim, ALEM.
Té mais pra vcs, André

quarta-feira, novembro 30, 2005

Fala... Antonio Negri



O Negri, o chefão dos neo-marxistas da reunião passada, escreve cachos de livros o mais novo dele é o seguinte:

Título: Glob(AL) - Biopoder e a luta em uma América Latina globalizada
Autores: Antonio Negri e Giuseppe Cocco
Editora Record

segue duas frases dele que copiei daqui

'Para eles, qualquer pressão moralista, mesmo quando tendo origem no próprio PT, é reacionária. Por quê? “Porque o moralismo veicula apenas a verdade do poder, ou seja, a idéia (falsa) de que o poder pode não ser corrupto. Na realidade, o poder é sempre corrupto, pois é fruto da corrupção da democracia, de sua limitação, de sua despotencialização, ou seja, da redução da potência de muitos ao poder de poucos.”'

'Para Negri e Cocco, o problema da corrupção está mal colocado. “A questão que a crise política do governo Lula coloca é outra. Nela explicita-se que a democracia representativa é uma limitação da democracia.” A saída, argumentam, seria a radicalização democrática.'

Obviamente eles não explicam oq sera a "radicalização democrática", eu espero ansioso que alguem algum dia me explique.
andre

segunda-feira, novembro 28, 2005

domingo, novembro 27, 2005

Lavoura Arcaica e Virgens Suicidas


Vi esses dois filmes recentemente, ambos com a mesma temática: conflito familiares entre pai(s) e filhos, conflito entre a tradição e a liberdade, etc...
Dois bons filmes, compentes e tudo mais, o que me lembrou que segundo Contardo Calligaris, a relação de conflitos entre pais e filhos se dá simbolicamente (discussões) quando a relação entre os dois é real (um respeita e considera o outro como deveria) e os conflitos se tornam reais (como nos 2 filmes) quando a relação entre os dois se torna meramente simbólica (não uma relação paterna ou materna, mas uma relção entre opressor e oprimido)
Não sei se consegui ser claro, mas não faz mal.

Proxima reunião domingo, lá em casa, lá pelas 17-18horas, tendo como tema central os limites da democracia.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Tema: os limites da democracia

Depois da discussão anterior chegamos as duas correntes mais populares atualmente:
1- Os marxistas heterodoxos e gramicianos, representados no Brasil por PSOl, PCdoB e PT
2- Os neo-conservadores norte-americanos, uma corrente hegeliana de direita sintetizada pelo Fukuyama.

A grande divergencia, entre as duas, é sobre as limitações, ou não, da democracia liberal.
Ela é o melhor metodo de representar a votade da população?
Existe um sistema melhor?
O que deveria mudar nela?

Acho que esse deveria ser o tema da proxima reunião
André

quinta-feira, novembro 10, 2005

Piada só não basta. E ainda estraga.


Recém estreado, o filme Cidade Baixa tem a direção de Sérgio Machado e conta com a atuação dos eminentes Wagner Moura e Lázaro Ramos, além da atriz Alice Braga. Conta a estória de um triângulo amoroso marcado pelo conflito entre os então amigos “Naldinho” e “Deco”, além da dura vida da prostituta “Karinna”, vida essa que se complica mais ainda com a nova e conturbada relação. Mas é só isso.
Na minha opinião, o que matou o filme foi a indecisão do diretor sobre realizar um drama ou uma comédia. Quem presta alguma atenção nas peças de teatro existentes em Salvador já conferiu que algumas delas se embriagam com a forma debochada que o baiano tem de falar, carregando em palavrões e exagerando na linguagem para causar um riso generalizado. E foi exatamente isso que o diretor tentou realizar no começo de filme: exagerou na piada na abertura embora tenha praticamente excluído ela no momento em que o drama começa a tomar forma na introspecção imaginativa do personagem Deco.
Resultado: uma comédia hilariante no começo do filme que pretende assumir um papel importante na aproximação dos personagens com a característica debochada do baiano, mas que rouba a cena da trama e impede que esta tome a forma poético-dramática que envolve a verdadeira proposta do filme. Este viés é tão forte que, mesmo distribuído ao longo da estória, tornaria a desconfigurar o foco principal: a forte crise do triângulo amoroso, marcada por traições e declarações de afeto um tanto trágicas.
Por fim, este aspecto dramático do filme também não guarda grande conteúdo, tornando o desenvolvimento dos fatos um tanto previsíveis e indignos da riqueza do contexto de criação – indivíduos do mais baixo escalão de reconhecimento social travando uma rica relação amorosa no mais insalubre ambiente sob a perspectiva moral, convivendo num ambiente de grande riqueza histórica.
Apesar de tudo, Cidade Baixa é realmente engraçado em diversos trechos, guarda imagens belíssimas da Cidade Baixa e da população que a freqüenta. As imagens que acompanham o letreiro no fim do filme, feitas na livre iniciativa de acompanhar o cotidiano real dos transeuntes, atestam a similitude destas imagens com as que acompanham a atuação dos personagens, tornando a caracterização do contexto do filme extremamente real.

Rodrigo Lessa

A França e sua Política Imigratória


Todos devem ter visto nos jornais as revoltas na França, mas poucos questionaram quais as razões destas revoltas, eu vou dar a minha opinião quanto a isso.

Pra mim as causas destas revoltas são as frouxas leis anti-imigração francesas (e européias) combinados com governos frouxos na execução das mesmas leis. Em outras palavras, o multiculturalismo francês (e europeu) não deu certo e a culpa é da esquerda francesa (e européia) que foram os grandes patrocinadores destas políticas.

Quem são os revoltosos? Quem os criou?
Foi o capitalismo francês que criou os revoltosos (e a culpa seria da direita que quer reduzir o estado do bem estar social) ou foram às imigrações que criaram os revoltosos (e a culpa seria da esquerda que patrocinou sua vinda)?

A pergunta que fiz é retórica, os revoltosos são em geral imigrantes e filhos de imigrantes.
Estas revoltas mostram a falência da diversidade cultural como política imigratória, a nível não apenas francês, mas europeu.
Este fracasso é visível também na Inglaterra, na qual filhos de imigrantes supostamente integrados ao sistema, realizaram atentados terroristas, deu pra perceber que eles não estavam bem integrados né.

Eu compreendo o coração mole da esquerda francesa em achar bacana ajudar um imigrante aqui e outro acolá, contudo não existe forma mais cara de se combater a pobreza a nível mundial do que convidar estrangeiros para virem a seu país.
Nesta sociedade, para se viver bem são necessários uns (sei lá) Mil Euros mensais, como os caras não ganham os tais Mil Euros mensais, o
resultado é exclusão social, desemprego... e possivelmente revolta.

É impossível um país integrar levas constantes de imigrantes ainda mais quando estes não desejam se integrar à sociedade e preferem viver sobre os “seus costumes” em verdadeiros guetos. Eles não vieram para se integrar ao estado Francês, mas para usufruir e modificá-lo.

Claro que a esquerda francesa não reconhece o erro, e aproveita para jogar a culpa no governo atual, ela propõe que sejam feitas concessões aos “lideres incendiários”, entre as concessões está em ser mais condescendente com os imigrantes ilegais. Nada melhor que usar a causa do problema como remédio.
Afinal, todo sabemos que a culpa desta revoltada toda é do Bush, que não devia ter invadido o Iraque.
André

terça-feira, novembro 08, 2005

Contardo Calligaris

Oito normas de conduta cotidiana para o cidadão moderno
por Contardo Calligaris*

1. Você pode escolher entre ficar em casa ou pegar a estrada e, sem dúvida, faz e fará um pouco dos dois. Mas, quando estiver em casa, tente não sonhar com a estrada e, quando estiver na estrada, tente não lamentar o calor do lar. Vivemos de sonhos e de nostalgias: é necessário cuidar para que essa alternância não nos mantenha constantemente afastados do momento presente.

2. Quando alguém pedir esmola ou ajuda, dê (na medida de seu possível) o que está sendo pedido. Não tente moldar o desejo de quem pede, oferecendo pão e leite em vez do trocado. A humanidade dos mais desprovidos se refugia e resiste justamente na capacidade de continuar desejando o supérfluo.

3. Todos os pedidos podem ser recusados, mas devem ser, ao menos, reconhecidos. Portanto é proibido recusar sem falar.

4. Trate como íntimo só quem poderia sem riscos lhe devolver a mesma cordialidade.

5. Caso você pretenda mudar o mundo, lembre-se de que, provavelmente, você não está à altura do mundo mudado segundo seu desejo. Se pretende transformar seu parceiro ou sua parceira, lembre-se de que você, provavelmente, não está à altura do parceiro ou parceira assim transformados. Quem quer mudar as coisas facilmente esquece de contar-se entre os itens a serem mudados.

6. Qual é a melhor viagem: visitar as capitais européias num ¿tour¿ de 15 dias ou passar duas semanas numa cidade só e conhecê-la um pouco? É mais interessante manter um casamento complicado do que multiplicar as ou os amantes. O mesmo vale para os amigos e relações em geral.

7. Uma vez por semana, durante uma hora, sente-se numa esquina de sua cidade e contemple os passantes. Tente imaginar a variedade das vidas, a dignidade de todas. Se você tem filhos, faça o exercício duas vezes por semana: será de grande ajuda para aceitar que a vida deles vale a pena, mesmo se não corresponde em nada aos seus sonhos.

8. Considere como verdade absoluta que é possível ter uma vida boa e justa sem acreditar numa verdade absoluta.

*publicado originalmente no suplemento ¿Mais!¿, da Folha de S.Paulo, de 13/10/2002.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Mulher paga mais

Lá vou eu na minha campanha contra o politicamente correto, ou melhor contra oq ainda não é politicamente correto, mas pode se tornar. hahahahhaha
Primeiro foi aquele campanha digital contra o Orkut promovida por um petista-mor, hahahahah, "Manifesto Desorkut-se Já", hahahahahhaha
Agora eu acabei de ler na revista TPM na parte de Protesto (elas tem uma seção para isso??) o seguinte texto Mulher paga mais (e pega menos)
A polêmica é quanto as boates gays que cobram mais das mulheres para entrarem, me digam o que as feministas diriam disso? hahahhahahah

A proxima reunião fica pra esse domingo a oito, tendo como tema o "materialismo histórico". A leitura básica é o Manifesto Comunista de Marx e Engels.

sábado, novembro 05, 2005

Movies

Teho discutido muito isso ultimamente, publico aqui meu Top5 de filminhos
1- Os Bons Companheiros (Scorcese)
2- Dr. Fantastico (Kubrik)
3- O Poderoso Chefão 2 (Coppola)
4- Pulp Fiction (Tarantino)
5- Cidade de Deus (Fernando Meirelles)

Cidade de Deus esta em decimo nono no ranking da IMDB

Quem viu o filme Closer, favor ler a analise que Contardo Calligaris, psicologo, faz do filme
André

quarta-feira, outubro 26, 2005

Oq causou a guerra de troia


Reproduzo aqui o que aprendi na palestra de Reinaldo Gonçalves da UFRJ que ocorreu outro dia lá na faculdade. A tese do professor era que não se pode fazer uma analise internacional tendo os interesses nacionais como um bloco hegemônico, mas também se deve analisar as brigas dentro do estado pela hegemonia.

Todos conhecem a historia da guerra de tróia, ter o visto o filme (na qual Brad Pitt deveria ganhar o premio de pior ator) ajuda bastante a compreender a questão, mas vamos a ela: O que causou a Guerra de Tróia?

Segundo um cientistas político, Agamemon tinha um projeto de poder, ele queria unificar a Grécia e aproveitou a oportunidade.

Segundo um geógrafo, a guerra ocorreu por causa do território onde se localizava Tróia que era próximo ao trajeto das caravanas de comercio entre a Europa e a Ásia

Segundo um sociólogo, a sociedade grega era divida em estamentos, o estamento dominante ligados aos militares precisavam se mostrar atuantes para manter seu status, isto é, a sociedade grega para se manter como estava necessitava estar permanentemente em guerra.

Segundo um economista, a influencia do setor econômico foi essencial, o setor estaleiro (dos barcos) que era grande então viu uma oportunidade de expansão e pressionou o estado neste sentido.

Segundo um advogado, ocorreu uma violação do direito internacional, a partir do roubo de um bem público grego, o seqüestro de Helena.

Segundo um psicólogo, temos que considerar a motivação pessoal de cada pessoa separadamente;

por exemplo quando consideramos a luxuria de Paris em conquistar Helena, que topa a aventura de bom grado e a honra do seu irmão Heitor para com Paris, chegamos a uma escolha completamente injustificada coletivamente, mas plenamente justificada individualmente.

Do lado grego temos uma outra serie de egos pessoais que combinados resultam na declaração de guerra.

Depois dessa exposição, na qual cada profissional destaca uma parte da trama, não há mais como ver o todo, como uniforme.

Várias visões diferentes e factíveis sobre um mesmo assunto, evidenciam a incapacidade de uma única visão (dentre as 6) explicar totalmente o assunto. “como conceber o todo sem as partes, ou mesmo as partes sem o todo?”

Considerando isto, como não lembrar de AsquintaS.

Em diversos locais de Brasília, foram afixados nesta terça cartazes em que o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), é retratado como um nazista. A montagem fotográfica mostra a cabeça do senador pefelista sobre um corpo vestido com um uniforme do Partido Nacional Socialista alemão, como o utilizado por Hitler. Numa das mãos, a figura tem um exemplar da revista Veja, em cuja capa se lê o título Juntos contra o PT.

Isso tudo é feito em resposta a uma declaração que ele fez a uma mÊs atrás na qual com as denuncias contra o PT permitiriam o país “se ver livre desta raça”

A expressão raça era utilizada para designar o petismo, que é maior que o próprio PT.

Tirando o juízo de valor, não acho que ele não tenha o direito de se expressar assim não, imaginem a situação inversa, um petista afirma que é necessários acabar com esta raça ao se retratar ao Malufismo, ao Carlismo, Tucanismo, etc...

A exatos um ano, eu estava falando isso contra o Carlismo, acabar com aquela raça. Lembro-me bem, estávamos nos reunindo pra decidir como ia ser a boca de urna de Newton Junior, então candidato a vereador pelo PT e hoje no PSOL, quando se chegou a questão de oq falar quanto ao candidato a prefeito.

Não íamos votar no Nelson Peleguinho, mas os outros candidatos também não era lá grande coisas, a solução foi buscar o voto na oposição ao carlismo, queríamos é acabar com aquela raça, me lembro que alguém cunhou esta mesma expressão.

Se a expressão é perfeitamente utilizável tanto pra esquerda como para direita, por que acusar a direita de facista? Não seria facista impedir o outro de se expressar desta forma?
andre

sábado, outubro 22, 2005

PT 5: Partido convoca manifestações contra Bush em visita

hahahahaha, quando o PT chegar ao poder o Bush não vai ser recebido com honras de chefe de estado aqui no Brasil, hahahahhaha, todos contra o imperialismo e esta politica externa pelega, hahhahahahha

A noiticia deu na Primeira Leitura, segue a nota completa.
15h58 – O PT parece mesmo disposto a prolongar o máximo possível a reunião de seu Diretório Nacional. O diretório do partido, reunido em São Paulo, aprovou, por unanimidade, ainda na manhã deste sábado, resolução em que convoca militantes a participarem de manifestações organizadas pelos movimentos sociais contra a política do governo George Bush. As mobilizações devem acontecer durante visita do presidente americano ao Brasil, no próximo dia 6 de novembro. Na resolução, o partido convoca “todos os petistas a se somar e ajudar a impulsionar as manifestações convocadas pela CUT, MST, UNE, CMP e Movimentos Sociais contra a política do governo Bush, por ocasião da visita do presidente norte-americano ao Brasil”. A leitura do processo sobre atos da antiga cúpula do partido e que pode resultar na expulsão do ex-tesoureiro Delúbio Soares pelo uso de caixa dois (ou recursos "não-contabilizados", o termo usado pelo petista) deveria começar por volta das 14h. Mas Delúbio só chegou à sede do partido, em um ômega prateado, às 15h06.

Outra coisa, não sei qual o critério que utilizaram para expulsar o Delubio, mas qualquer critério absoluto que fosse serviria para expulsar boa parte do partido a começar pelo seus ex-presidentes Genoino e Dirceu.
O Delubio falou o seguinte "Respeito a ingenuidade. Não sei, no entanto, de onde imaginavam que o dinheiro viria -se do céu, num carro puxado por renas e conduzido por um senhor vestido de vermelho”. Eu tenho metafora legal também, aquela musica do Chico Buarque "Meu guri", no qual o filho é um ladrão de primeira e a mãe é tão ingenua, a mãe é cara do PT.

quinta-feira, outubro 20, 2005

84 a 7

N'O Estado desta quinta: "O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é o candidato à Presidência da República preferido por 84% dos presidentes das maiores empresas do País, segundo pesquisa publicada na edição da revista Exame que circula amanhã. Em entrevista à revista, Alckmin assume abertamente sua candidatura: 'Estou pronto para ser presidente'. A pesquisa, realizada pelo Instituto Vox Populi, ouviu dirigentes de 231 companhias do ranking Melhores e Maiores de Exame. Lula aparece em 2.º lugar, com 7%."
Se a pesquisa fosse realizada com os banqueiros, sem esse pessoal do setor produtivo, eu aposto que o resultado teria sido diferente.
É o tal do risco PT, (do tipo: eu menti no passado, mas não estou mentindo agora) que o Lula adimitiu outro dia na Fiesp, e que é pago em juros para os "banqueiros internacionais".

Ah, estou lançando aqui a campanha: "A direita também é cultura" com textos conservadores e inteligentes (sim meus amigos, é possivel).

AIDS, Brasil e Uganda

André



quarta-feira, outubro 19, 2005

Filosofia + Teologia = Teologia (2)

(Fui responder ao comentário de Feijão, pra explicar o porquê do último parágrafo, e acabei escrevendo demais. Vou postando por aqui mesmo o resultado. O texto original é o de baixo pessoal, dêem uma olhada nele antes).

Veja o debate sobre os transportes Feijão, aconteceu um lance parecido e que elucida o motivo disso que eu disse no final.
O sindicato dos transportes recebeu de braços abertos a liderança da UNE e das suas instituições periféricas, acredito eu, por saber da moderação mais acentuada no seu discurso. Os militantes deste grupo, que envolvem de uma forma geral boa parte do PCdoB e correntes diversas de outros partidos, já demonstram um viés claro ao fechamento de acordos sem grande mobilização, além de uma ambição desmedida por cargos políticos para aumentarem sua gama de estratagemas eleitorais.
Se considerarmos agora a categoria dos donos das empresas como o representantes do "capital" sob a visão marxista se personificando nesta categoria específica de donos de empresa de transporte, endendemo-la também como portadora de um caráter naturalmente conservador tendo em vista a sua posição de privilégio econômico. Se for possível essa interpretação, fica claro como hoje em dia (não sei antes) o capital, além de prover através da "ideologia burguesa" a sua defesa política, investe ou propicia o aparecimento da ideologia que possivelmente a contestaria na sua livre iniciativa em impor circunstâncias impopulares. Afinal, é mais seguro e vantajoso pra ela, já que esse costume de sentar pra discutir tem sido tão louvado (como se o consenso fosse possível no nível de utopia em que se acredita, tendo em vistas os interesses diametralmente opostos).
Assim, parece claro que as estas empresas não financiaram ou se tornaram aliadas deste grupo que se intitula, sob uma rasoável oposição, "representante dos estudantes", mas com certeza já escolheram a liderança opositiva com quem irão negociar os próximos aumentos, daqui em diante: e são eles mesmo os favoritos da vez.
Isso evidentemente dificulta a legitimidade dos outros movimentos estudantis que se negam a entrar na negociação com um grau baixo de radicalismo nos seus discursos. Radicalismo que na verdade é padrão em qualquer reivindicação dessa natureza, porque quando se diz o que quer de início, se diz também até onde se permite entrar em acordo. E quem pede pouco propõe-se automaticamente a abrir mão de parte desse pouco. E mesmo eu acompanhei o pessoal da PCdoB lá na minha sala na faculdade já num clima de sentar pra discutir um aumento, embora menor do que o proposto, quando convidavam o pessoal para ir às ruas parar o trânsito.
Já a Conlute, do pessoal do PSTU, parte do P-Sol e grupos independentes ainda levantaram algumas manifestações depois do arcordão da UNE, mas não alcançaram um mímino respaldo público. Aos olhos de todos, os estudantes ja se decidiram. Ainda assim, eles apresentaram primeiramente a proposta de redução da tarifa, além de outros ganhos a serem integrados a pauta de benefícios.
Ora, mudando de exmplo, os caras-pintadas defendendo o PT...a mesma coisa. Se todos achavam que o Lula estava com medo de os estudantes se pintarem de novo para retirá-lo do planalto como Collor, tiveram uma surpresa: os caras-pintadas foram às ruas, mas para defender o PT. Só que nesse caso não foi tão fácil assim pro Lula.
É por isso que eu acho que as Igrejas já estão fazendo algo parecido. Investindo em Filosofia para formar intelectuais capazes de superar ou falsear os argumentos da maioria da categoria científica, que despresa as suas argmentações dogmáticas. Se consideramos ainda outros movimentos religiosos que lucram muito com suas pregações, e portanto são quase empresas capitalistas, poderíamos enquadra-las numa mesma análise com as empresas de transporte, enxergando a atividade semelhante que estão desenvolvendo.
Entendo essa tendência como um movimento que pode estar crescendo se ampliando nas instituições sociais modernas. E formando, como se diz por aí, os "SUPERPELEGOS".

Rodrigo Lessa

Filosofia + Teologia = Teologia

Há algum tempo tenho observado algumas novas faculdades que (coincidentemente ou não) divulgam a abertura de dois cursos de nível superior: Filosofia e Teologia. Não me lembro o nome das outras, mas exemplifico o fato com a propaganda do Mosteiro de São Bento, que recentemente inaugurou a abertura destes dois cursos em suas dependências.

Finalmente, existe alguma diferença entre o perfil dos dois cursos, considerando a visão destas instituições?

É no mínimo curiosa a coincidência do aparecimento destes dois cursos ao mesmo tempo e nos mesmos lugares. Não nos será estranho confirmar também o quanto as bibliotecas são as mesmas, tal como os professores. Talvez seja igual a UFBA, em que os estudantes de um curso assistem aula com colegas de outros cursos: alunos de teologia e filosofia pegando matérias básicas juntos...
Isso me faz lembrar a maior e mais inteligente iniciativa de grupos sociais mais conservadores atualmente: ao mesmo tempo em que tem investido na produção ideológica responsável pela defesa de suas determinações, investem também na ideologia que possivelmente estaria num patamar propício à sua contestação.

Rodrigo Lessa

sábado, outubro 15, 2005

A Força da Militância

A virada do Não contra o Sim no referendo de domingo que vem, deve ser atribuída a uma militância anônima, digital, corajosa e convicta do voto não.

No dia 13 de setembro o instituto Sensus divulgou em que o Sim tinha 72,7% contra 24% do Não e 3,3% de indecisos. O Ibope divulgou ontem (14/10) uma pesquisa na qual houve uma virada incrível na disputa, o Não passou a frente e esta ganhando do sim de 49% a 45%
Na análise do grau de instrução dos eleitores, o Não cresce entre os que têm curso de nível superior (55%, contra 36% de Sim). Só entre os menos instruídos, que cursaram até a 4 série do ensino fundamental, o Sim vence, com 53% das intenções de voto, contra 40% do Não.
Mesmo tendo a classe artística em peso a seu favor, mais dinheiro pra campanha e uma série de ONGs já estabelecidas que militam na causa, o Sim perdeu popularidade. Talvez por incompetência em formular uma argumentação decente, ou talvez porque os brasileiros estimem bastante seus direitos individuais, mas não pela falta de espaço pra expor suas idéias.

Como a campanha do Sim era hegemônica eles conseguiram os apoios de políticos (Lula e Serra pra citar apenas dois) e artistas (a Globo em geral), como eram hegemônicos se deram ao luxo de serem maniqueistas “vote sim pela vida”, ou seria vote não pela m.....
Esta hegemonia do Sim, impediu que políticos e artistas famosos se expressassem pelo Não, eu acho que nesta ultima semana alguns aparecerão. O Não contou apenas com os corajosos e polêmicos em geral, em outras palavras, com a militância.
Mas não foi uma militância tradicional de fazer passeata e distribuir panfletos e adesivos, mas uma militância diferente, uma militância digital, que expressa sua opinião no MSN, no Orkut, em blogs, escrevendo e repassando e-mails.
A cibercultura e as novas mídias são os responsáveis por esta virada tão espetacular, é a primeira vez que elas tem uma participação relevante na política brasileira, mas não será a ultima. Assim como já acontece no mundo desenvolvido a sociedade civil desorganizada cada vez tem mais relevância graças a estas novas mídias.

Pra finalizar eu queria lembrar que este debate ocorre a muito tempo nos EUA, de um lado a NRA e os Republicanos que votariam Não e do outro uma parte dos Democratas e o Michael Moore, que tratou deste tema no documentário vencedor do Oscar “bowling for columbine”, que votariam Sim.
AH, quanto a mim, eu voto Sim com base nos argumentos expostos por Luiz Eduardo Soares disponível no site www.luizeduardosoares.com.br

Por: André Greve Pereira

segunda-feira, outubro 10, 2005

And so it is...

Re-vi este fim de semana o filme 'Closer - perto demais', filme muito bom, retrata como ninguém os encontros, desencontro e dilemas dos relacionamentos contemporâneos.
Recomendo o filme a todos, ele tem várias sequências memoráveis; o batepapo pela internet, as traições tão comuns e banais, as brigas psicologicas...
O filme é interessantissimo, podem assistir que eu garanto, e de bônus ainda tem a musiquinha que começa e encerra o filme.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Um site legal www.aldaily.com

Tem um siter massa na net, cheio de textos, resenhas
e artigos interessantes.
Pra quem sabe ingles e se tem algum tempo livre na
net, é uma boa pedida.
http://www.aldaily.com/

Eu acabei de achar um texto interessantissimo, que
falava mais ou menos o que tentei expressar nop texto
anterior vejam uma frase que selecionei:
"because happiness is what we get when we are in
control and assume responsibility ourselves. A way of
travelling, not a destination."

segue o texto completo, disponivel no site:
http://www.cis.org.au/Policy/spring05/polspr05-2.htm

segunda-feira, outubro 03, 2005


Achei a foto massa, legal né?
Acho que a proxima reunião do grupo fica pra daqui a 15 dias. Talvez eu escreva uma reseha do livro Auto-Engano do Eduardo Gianneti.
Hoje o PT negou que tenha usado caixa-dois na campanha, ia falar oq né?
Pois bem é isso mesmo, tudo igual, muda nada, até mais.
andre

sexta-feira, setembro 30, 2005

Debate rolando

Segue um resumo de um debate que rolou,


Querido Igor,

Me permita, explicar a "minha" idéia novamente, este
texto faz parte de um linha de pensamento que venho
tendo a bastante tempo no grupo de debates (o convite
está de pé), portanto analisá-lo sozinho pode levar a
erros de interpretação.
No próprio texto eu faço referência a estes textos
anteriores: “Já expliquei, pessoalmente e por escrito,
a ‘minha’ tese da felicidade relativa, da renda
relativa, dos bens sociais, etc...”
O ultimo texto escrito neste sentido vai em anexo.

Os textos foram feitos para subsidiar uma discussão,
portanto não tem caráter cientifico ou buscam
transformar o mundo, apenas analisá-lo.

Este texto (a liberdade é legal) se propõe a ser um
complemento idealista aos textos anteriores
predominantemente materialistas. São textos
complementares, teses complementares.
Os próprios autores que tomei como referencia são
pessoas de esquerda preocupadas com a “liberdade
material” (este termo existe?); Sartre, que dispensa
apresentações e Michel Onfray que nas ultimas eleições
francesas fez campanha para a Liga Comunista
Revolucionária (LCR), uma espécie de PSOL de primeiro
mundo.
(((Nota: Queria deixar claro, que utilizo o atalho de
demonstrar o esquerdismo das referências para
demonstrar suas preocupações com a “liberdade
material”, apenas porque acredito ser esta a forma
mais fácil de lhe convencer. Eu acredito que se pode,
muito bem ser de direita e se preocupar com a
“liberdade material”. Eu mesmo não me considero mais
de esquerda e me preocupo com isso, mas com certeza
não pretendo debater isso nesta lista de e-mails.)))

Quanto à parte da ideologia eu acho que houve mais um
problema de comunicação, eu estava criticando as
“engenharias sociais”, pois considero que estas sim
pressupõem buscar um novo-homem, algo próximo do
super-homem de Nietzsche que você criticou.
A inquisição católica, o macarthismo, o policiamento
político da URSS, a revolução cultural chinesa que
buscava a ‘regeneração moral’, são exemplos de estados
que decidiram o que era melhor ou não para os
indivíduos, são exemplos de “engenharias sociais”,
motivadas seja por ideologias seja por religiões.
A minha argumentação afirma que é o cidadão, e não o
estado, que deve escolher o melhor caminho pra cada
indivíduo. Afinal achar que está fazendo a coisa
certa, é fazer a coisa certa.

Por fim, a noção de liberdade coletiva não é
incompatível com a busca do hedonismo coletivo
(maximização da felicidade na sociedade), pelo
contrário, é condição necessária (mas não suficiente)
a este.

Um abraço,
André


Nem foi incompetência sua em explicar e nem minha em
entender. Eu apenas disse que essa concepções são
idealista, e portanto, incapazes de transformar a
realidade em um édem. E que além disso são carregadas
de ideologia. Por fim, essas concepções são, em si,
contraditórias, pois a noção de liberdade coletiva é
imcompatível com o hedonismo.

Um abraço.

Igor

quarta-feira, setembro 28, 2005

Liberdade é Legal

Hoje quero ressaltar aqui a importância da liberdade e das liberdades individuais como parte necessária da busca da felicidade, isto significa que nenhuma engenharia social poderia mostrar o caminho da felicidade a pessoa, apenas ela própria poderia escolher este caminho, porque achar que está no caminho certo, é de fato estar no caminho certo.

Utilizarei como referencial teórico, duas teorias que admiro, o hedonismo e o existencialismo. Elas são distintas, mas convergem na questão da liberdade.

Em uma sociedade democrática, o desejo da maioria, deve ser seguido pelos governantes. Como a moral hedonista é hegemônica na sociedade e seu objetivo é a busca da felicidade, o Estado deveria atuar com o objetivo de promover a maior felicidade possível para seus cidadãos, à maximização da felicidade deveria ser o objetivo do Estado.

Já expliquei, pessoalmente e por escrito, a “minha” tese da felicidade relativa, da renda relativa, dos bens sociais, etc... em contraponto com o crescimento econômico pura e simplesmente; especialmente nos paises desenvolvidos, onde este acréscimo de renda levaria apenas ao consumismo.

Além desta tese, afirmo agora que as liberdades individuais são necessárias neste projeto de maximização da felicidade coletiva.

Tanto a moral hedonista como a existencialista, partem do pressuposto de que existem diferentes morais válidas, elas defendem a busca da liberdade, sendo este o norte da atuação política.

Na moral hedonista há diferentes morais nos diferentes indivíduos (a tal da Genealogia da Moral, “ciência” criada por Nietzsche) sendo esta moral definida por uma serie de razões; a genética, a infância, a cultura, a sociedade, etc...

Na moral existencialista o homem se escolhe, se constrói, cria sua própria moral. Moral que será influenciada pela sociedade, mas em ultima instância é sua, é única. E deve ser assim mesmo, isto é, a moral não deve ser imposta pela sociedade, mas construída pelo próprio individuo.

Portanto diferentes indivíduos têm diferentes morais, e vêem diferentemente os mesmo fatos, sente prazer e felicidade de modos diferentes, não existindo uma moral certa ou errada, mas apenas morais diferentes.

Hedonismo:

É um consenso que os diferentes indivíduos buscam o prazer e a felicidade como objetivo em suas vidas, contudo eles divergem em como alcançar este objetivo.

A felicidade se encontraria, em poder seguir o caminho que ele próprio escolheu, mesmo não sendo o certo, pois basta achar que ele está no caminho certo, para de fato estar no caminho certo. Para o prazer e a felicidade, a impressão é tudo e ninguém vai contestar a sua opinião.

No caminho para a felicidade não se deve utilizar regras e valores exteriores a si próprio como manual de conduta, mas, construir a sua própria moral e a sua conduta. Não se deve ter vergonha de seguir as vontades do corpo, e sim evitar conflitos internos; corpo x mente, consciente x inconsciente.

Existencialismo

Todos deveriam defender a liberdade (ela seria um bem com externalidades positivas, hahaha), pois ela precisa existir para todos, para que os indivíduos sejam realmente livres.

A busca da liberdade coletiva é também a busca da liberdade individual. Agir pela liberdade é agir corretamente; em contraponto ao não-escolher, a má-fé, a servidão voluntária.

É importante que cada pessoa possa traçar o seu próprio caminho em busca da felicidade, em contraposição às engenharias sociais: ideológicas (socialismo real; ex: URSS ) ou religiosas (teocracia, ex: Irã).

Eu acredito que tanto a moral hedonista, como a existencialista, indicam a busca da liberdade individual e coletiva; seja como meio (hedonismo), seja como fim (existencialismo), mas sempre como valor inegociável e necessário para um mundo melhor.

Por: André Greve Pereira


Ética

Parte de um texto de Reinaldo Azevedo, falando sobre Marile Chaui.

"Finalmente, observo que a filósofa está calada, mas nem tanto. Nesta madrugada, eu a vi na TV Cultura, numa série de cursos que a emissora tem promovido com especialistas. Num dado momento, de ilação em ilação, chegou à formulação de que a igualdade é a base e a condição da ética, de modo, entendo, que não pode haver ética onde não há igualdade. Se a igualdade é, a um só tempo, elemento constitutivo e objetivo da ética, esta é que passa a ser elemento instrumental daquela. Logo, em nome da igualdade, meus caros, tudo passa a ser permitido. Porque os fins tornarão éticos quaisquer meios. Faz sentido: esta é a essência do pensamento socialista. Assim eles mataram 200 milhões para criar um novo mundo, que, dizem, ainda não chegou. Continuam a aguardar o Messias. E a usar a sua “ética” para tanto."

segunda-feira, setembro 26, 2005

Reunião domingo

Segue mais uma participação minha em listas alheias, dando palpite na vida dos outros. Esse email foi uma resposta a um colega (que não conheço) que falava sobre como a classe que ele ensinava, defendia o capitalismo e não compreendia a 'real' natureza do sistema.
Um abraço, pra vcs, a proxima reunião vai ser esse domingo agora.


Caro Daniel e amiguinhos da lista,

Acho muito bacana sua iniciativa de ensinar num cursinho comunitário, mas discordo em gênero, numero e grau das aulas de ideologia que você profere.

Poderia responder as suas afirmações sobre, liberdade, democracia, Cuba, etc..., e posso se assim preferir, mas pretendo questionar o fato de ensinar ideologia em sala de aula.
Por mais que se faça um debate em sala de aula, as opiniões do professor sempre prevalecem, e estas opiniões acabam como ensinamentos a serem aprendidos pelos alunos. A hierarquia, professor x aluno, a assimetria de informação, a preparação para a aula, o vídeo escolhido para o debate, etc... influenciam para que as opiniões do professor sejam aprendidas como fatos e não como opiniões.

Caro Daniel, ensinar determinismo para jovens é coisa feia, rapaz. No mínimo é antidemocrática, ao supor uma única verdade e não várias verdades e um processo dialético de debates para se chegar às decisões governamentais.

Todos os professores de história e geografia que tive na infância foram de esquerda, eu mesmo já dei aulas e fiz campanha em sala de aula. Compreendo o que você está fazendo, mas discordo em gênero, numero e grau.

Um abraço,
André Greve Pereira

sexta-feira, setembro 23, 2005

L´Imbecile

Depois de un engano que tive com um amigo meu, resolvi fazer uma coisa, crie um email novo, me inscrevi em listas de debates de politica por ai, e sai criticando a vontade sem necessidade de falar apenas as coisas razoaveis.
Me lembre da revista francesa l´imbecile que tem como slogan "mesmo no homem mais inteligente a sempre estofo suficiente para se fazer um imbecil", nela a vários temas polemicos nos quais as pessoas discutem com ofencivamente alguns temas.
Respondi a um petista alguns texto que ele passou, segue a resposta que mandei:


Nada como usar a frase de um opositor pra generalizar o caso, "São os cidadãos que querem acabar com essa raça pelos próximos 30 anos". hahahhaha, quantas vezes o PT já não falou em acabar com a raça dos direitistas, neoliberais, tucanos, etc..

Enquanto na direita isso é um desvio pessoal, na esquerda e no PT (coisas diferentes), isso é regra e não exceção. Este não é um comportamento a favor da democracia, é um comportamento antidemocrático.

Singer cita Chauí "Odeiam-nos porque o PT foi o principal construtor da democracia no Brasil", a firmação é mentirosa pq o PT não foi o principal construtor da democracia. Os motivos são vários; Além de ter aparecido no final do regime militar, o PT sempre apelou paras as crises da democracia , os exemplos são vários; o boicote ao colégio eleitoral (quando Maluf foi derrotado), a não assinatura da constituição burguesa de 1988, o não apoio ao governo Itamar Franco, as campanhas do Fora FHC, etc....

Como o PT não foi o principal construtor da democracia, logo acabou-se o motivo para odiá-lo, não é?

Hahahhahaha, quanta cara de pau dessa senhora, o motivo do ódio é exatamente o contrário, é porque o PT é o principal sabotador da democracia. É sabotagem da democracia; comprar parlamentares, roubar dinheiro pra financiar campanhas, o conselho de jornalismo, ANCINAV, a reforma sindical proposta.

O PT em toda sua história sempre flertou com as crises, evitou sempre as soluções institucionais e democráticas. Este é o motivo do ódio.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Imbasahy é tucano?

Ontem o jornal Atarde fez um reportagem sobre a saida do ex-prefeito do PFL para o PSDB, interessantissima a reportagem pois ela não contem a declaração de absolutamente ninguem de que isso vai de fato ocorrer, tem declarações de alguns tucanos sobre uma sondagem e conversas com ele, mas não tinha nada fechado.
Depois disso vazado na imprensa (no jornal Atarde é lógico) acho que os jornais já decidiram a posição do ex-prefeito pra ele, acho que fica mais complicada sua permanencia no pefelê.
Só pra lembrar a uns 4 anos atras o Paulo Souto fez as mesmas conversas e sondagens com o PSDB e compania limitada, no final das contas resolveu ficar e virou governardor.
Essa resportagem do jornal Atarde, não foi uma noticia, foi uma jogada politica e por sinal uma otima jogada.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Uma boa pergunta

Foi hoje no CSP pegar a camisa do 'No ue deu', lá tinha um cartaz de eleição de gremio interessante, tinha uma foto de alguns sem-teto, com a pegunta de quem é a culpa?

Interessantissima, até um ano atras eu tinha a resposta, já não tenho mais, e o pior não tenho a nem a pescpectiva de encontra-la tão cedo.

quinta-feira, setembro 15, 2005

As famosas bonequinhas russas


Escrito pelo Reinaldo Azevedo, e muito bem escrito por sinal. Não pela sua opinião, afinal o PFL representa um grupo minoritário da câmara, mas pela forma como ele analisa o PT do Zé. Aquela mistura do partido com o governo é muito mais embaixo.

Futuro da Câmara 2: não sendo Aleluia, que seja Nonô


06h54 - De resto, pergunto: não sendo Aleluia, por que não deixar com Thomaz Nonô mesmo (PFL-AL)? Teve uma condução exemplar na sessão que cassou Roberto Jefferson, mostra intimidade com o Regimento, não é dado a chicanas, é inteligente e tem senso de humor. Ademais, não tivesse o PT se desqualificado de novo para assumir a função ao não assinar a representação, os petistas candidatáveis começariam por não unir nem o próprio PT, já que o partido parece aquelas bonequinhas russas: há o PT; dentro do PT, há o Campo Majoritário; dentro do Campo Majoritário, há a Articulação; dentro da Articulação, há o grupo de José Dirceu; dentro do grupo de José Dirceu, há, é claro, José Dirceu; dentro de José Dirceu, há o ego de José Dirceu; dentro do ego de José Dirceu, há um Luis Bonaparte que toma a sua história pela história de seu grupo; a história de seu grupo pela história da sua corrente; a história da sua corrente pela história do partido; a história do partido pela história do Brasil; a história do Brasil por sua própria história e sic transit... — RA

hedonismo e a liberdade

Eu desisti de fazer uma analise de um discurso politico na proxima reunião, pretendo faze-lo daqui a umas duas reuniões, quando meu foco de analise estiver mais claro.

Vou aproveitar a proxima reunião para expor uma relação entre as liberdades individuais, com o hedonismo e com a liberdade/moral sartriana.
Quando escrever o texto resumo eu mando pra vcs.
André

quarta-feira, setembro 14, 2005

Temas da proxima reunião

Os temas da proxima reunião serão:
1- hedonismo, uma continuação do debate
2- Analise de discurso:
A- Na musica "a cartomante"
B- Num texto politico - que divugo na sequencia

Pesquisa quentinha, façam suas apostas.

interpretação musical

Esta musica de Ivan lins e cantada por Elis Regina é de protesto contra os radicais de esquerda ou contra a ditadura?
Descobriremaos na proxima reunião

Cartomante



Nos dias de hoje bom que se proteja
Ofereca a face a quem quer que seja
Nos dias de hoje, esteja tranquilo
Haja o que houver pense nos seus filhos
Não ande nos bares, esqueca os amigos
Não pare nas pracas, não corra perigo
Não fale do medo que temos da vida
Não ponha o dedo na nossa ferida
Nos dias de hoje, não nos de motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paciencia, Deus esta contigo
Deus esta conosco ate pescoco
Já esta escrito, ja esta previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Esta tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo de buzios e nas profecias
Cai o rei de espadas
Cai o rei de ouros
Cai o rei de paus
Cai, não fica nada!

quarta-feira, setembro 07, 2005

Viva o que é Bom

“Viva o que é bom” este é o slogan da Coca-Cola, isso é sintomático da força e a penetração da filosofia hedonista nas pessoas. A busca pelo prazer, pela diversão, esta é a principal moral da nossa geração, ou como diria boxel (quem te viu e quem te vê, meu amigo); “essa geração sabe o suficiente pra não querer saber de nada”.

A busca da felicidade esta presente na motivação consciente da grande maioria das pessoas, contudo fomos condicionados socialmente, a assimilar outras morais e éticas que inconscientemente competem com as nossas decisões conscientes.

Como vimos na reunião passada, deus e as religiões foram necessidades sociais históricas, por isso que nunca existiu uma sociedade atéia, as religiões foram incríveis construções humanas para justificar uma série de coisas que precisavam ser justificadas. Contudo para este texto, a existência de deus ou não, é irrelevante. A questão é quanto desta tradição ainda esta presente no nosso inconsciente, disputando espaço com nossas decisões conscientes (hedonistas em geral).

Segundo Michel Onfray é preciso “produzir no ocidente as condições de uma verdadeira moral pós-cristã, em que o corpo deixa de ser uma punição, a terra um vale de lagrimas, a vida uma catástrofe, o prazer um pecado, as mulheres uma maldição, a inteligência uma presunção, a volúpia uma danação”

“A religião habita a língua, os costumes e os usos, esta presente nos nomes, na estrutura das cidades, na seqüência do calendário, na arte, no direito, na própria maneira como concebemos o corpo, com seus desejos baixos, suas víceras sombrias, sua coragem no peito, seu nobre pensamento na cabeça, seu espírito.”

Michel Onfray inicia seu livro, “A Arte de Ter Prazer”, com um capitulo sobre a genealogia de sua moral (seguindo aqui uma metodologia criada por Nietzsche) na qual após um enfarte aos 28 anos descobre como a vida é curta e como é importante curti-la.

Em seu livro Onfray, demonstra os conflitos internos (os desejos do corpo contra os desejos da mente) de vários filósofos e pensadores ao longo da história. O corpo responde a esses conflitos com a somatização, sendo esta, a causa das mais variadas doenças, assim como a ausência deste conflito amplia as fronteiras do pensamento e permite a criação das maiores obras da humanidade.

Seriam estes conflitos (corpo x mente, consciente x inconsciente, hedonismo x tradição cristã) uma das causa do mal estar da civilização? Ou, sendo mais pratico, será que resolver este conflito não pode melhorar a sua vida?

Até domingo.

“viver de modo que imperiosamente desejes reviver, é esse o teu dever” Nietzsche

Por: André Greve Pereira

Hedonismo no Los hermanos

Pode ouvir aí: "Morena", "Primeiro Andar", "O Vento" e outras mais tem forte traço hedonista, tal como a linha original do Los Hermanos. Bom é curtir o agora, sem essa de se engajar nessas bandeiras que engajam o mundo inteiro na intenção de um sujeito. Um cheiro numa morena, um pôr do sol, uma "onda". Reconheço esse tipo de percepção também no Natiruts e, lá atrás, em Cazuza.
E ainda tem gente que diz (eu mesmo achava isso antes) que a nossa geração não sabe de nada...
...sabe o bastante pra não querer saber de nada.

Até domingo pessoal.

"Por onde andar? eu começo por onde a estrada vai. E não culpo a cidade, o pai".
(Rodrigo Amarante)

segunda-feira, setembro 05, 2005

Proxima Reunião

Proxima reunião vai ser domingo, dia 11 de setembro, no mesmo bat horario e lugar. Estão todos convidados.

Slogans hedonistas

É impressionante a frequencia com que a moral hedonista (curtir a vida, busca do prazer) esta sendo usada comercialmente. Cito 3 exemplos.

Coca-Cola: Viva o que é bom
Visa: Porque a vida é agora
Mastercard: xxxxx não tem preço, para todas as outras existe mastercard

sexta-feira, setembro 02, 2005

O escritrio do Onfray, ele nem lê pouco não.

Michael Onfray

A entrevista dele na Veja, está no endereço: http://www.brasil.indymedia.org/pt/blue/2005/05/317518.shtml

quarta-feira, agosto 31, 2005

Vamos caracterizar as religiões

Segue copia desta discussão, na lista de emails.

Daniel,

Seja bem vindo ao grupo, reintero o convite, que boxel já deve ter feito, pra voce participar também das reuniões presenciais, elas tem sido bastante animadas.

Pois bem, essa minha ideia de caracterizar a religião parte da ideia de que outros fatores, que não religiões tradicionais, tem todas as suas caracteristicas. A partir dai poderiamos classifica-las de religões laicas, ou modernas, etc...
O exemplo base, para comparação foi a minha (e talvez de boxel tb) crença no petismo/lulismo (como religião mesmo) durante o ano de 2002.

De fato, a segunda causa que enumerei não é valida.
Tinha pensado não em contribuição financeira, mas na pessoa divulgar a causa, contudo existem exemplos de crentes (como os judeus, os primeiros cristãos, a inquisição) que eram obrigado a negar suas crenças em público. Também tem aquela historia (original de Kant e usada por Sartre) de que o homem ao se escolher, escolhe o mundo todo a sua semelhança.

Concordo com o primeiro ponto que daniel levantou, o fato de toda religão tem se não um mestre, vários mestres, ou pessoas que personifiquem a religião.
O segundo ponto, ao meu ver, já esta incluso no primeiro principio enumerado: "Ter dogmas não comprovados cientificamente"

Então é isso.
Te mais pra vcs, seja bem vindo daniel, e só
andre


Andre,
Meu nome é Daniel, sou amigo de Rodrigo. Ele que me chamou pra participar do grupo. Minha primeira mensagem é essa!
Respondendo ao assunto levantado, tenho que descordar um pouco desse seu segundo ítem, pois acho que existem religiões que não cobram nada dos seus integrantes. E sugeriria uma outra coisa: Seria bom se levassemos em consideração a origem do nome religião e o que ele representa(Religião vem de Religare = religação, o que dá a idéia de se ligar de novo a algo ao qual já se foi ligado em algum momento, portanto, religação do homem a sua origem causal) pelo menos é assim q interpreto tal palavra e a finalidade de tal instituição.
Acrescentaria também alguns novos ítens aos que vc já iniciou, tais como:
* acho que todas ou praticamente todas as religiões têm um certo guia ou mestre.
* todas têm seus dogmas e crenças baseados em algo sobrenatural ao qual a maioria chama de Deus.
Além disso, sugeriria algumas das maiores, mais difundidas e mais importantes religiões do mundo tais como Hare Krishna, Budismo, Jainismo, Zoroastrismo, Islamismo, Brahmanismo(não é a religião da cerveja!uahhuahua!!), Cristianismo(é lógico) e Judaismo para serem estudadas.

segunda-feira, agosto 29, 2005

As caracteristicas da religião

Acho que pra proxima reunião devemos primeiro enumerar quais sãos as principais caracteristicas praticas da religiãos no comportamento das pessoas, para a partir dessas caracteristicas podermos comparar com o o efeito dos vários "ismos" (nacionalismo, comunismo, etc..) no comportamento e verificar o papel deles como religiões laicas.

Como lista das caracteristicas das religiões começo a lista:
1- Ter dogmas não comprovados cientificamente
2- O crente deve contribuir regularmente a causa
3- A religião deve ter influencia nas atitudes cotidianas do crente; podendo, em casos extremos, fundar a conciência da pessoa, definir o que é bom e mau, correto e equivocado.

quinta-feira, agosto 25, 2005

"O Existencialismo Socialista"

Se você conversar um pouco com um socialista e disser a ele que o socialismo não é a melhor opção de regime político-econômico, porque não deu certo nas experiências anteriores, ele provavelmente vai te dizer: "mas a experiência socialista nunca existiu!"
E até certo ponto, ele está certo. A noção de socialismo carrega um nível de utopia intrínseco à sua definição: é um regime que dá certo. Se não dá certo, não é socialismo.

Porém, o liberalismo também nasceu num claro tom de certeza de seu sucesso, embora no sentido que o livre mercado solucionaria todos os problemas sociais e econômicos com base na sua reorganização natural.
Ora, se o que os liberalistas projetaram em termos de regime político não se concretizou, o liberalismo, tal como o neoliberalismo, nunca existiram também.

O que é que nós estamos criticando então?

Do lado de cá, eu prefiro mesmo é criticar os dois. Os dois existiram, foram um fracasso em comparação com o que sua bases teóricas postularam e ponto. Resta saber se estamos dispostos a reconhecer o que há de melhor em cada um. Mas do jeito que as coisas andam...não andam.

Rodrigo Lessa

Uma campanha do PT e do povo brasileiro

Amiguinhos, eu vi da janela de la da faculdade a passeata da CUT e da UNE (leia PT e PCdoB) que tinha o famoso slogan: contra a corrupção e a favor do governo lula

Eu acredito que não existe politica entre santos, que a manipulação é intriseca a ela, o que leva a algum grau de corrupção inerente a todos os governos.
O PT ao se apresentar como partido da etica, criticava esta corrupção intriseca ao sistema politico e se apresentava como diferente, como partido dos trabalhadores e da etica.
Hoje se descobriu (para surpresa de muitos) que existe corrupção no governo do PT, como reação os petistas acusam um golpe; como eles são o partido da ética, uma acusação de corrupção contra eles só pode ser um ataque exclusivamente politico e reafirmam o discursos da politica dos santos; que eles são contra corrupção, blá, blá, blá.

Mas percebam que esse discurso se contradiz quando eles copntra toda e qualquer corupção na politica e apoiam um governo que tem no minimo um grau razoavel de corrupção.

Isso tem nome, segundo Orwell, isso se chama duplipensar. Isto é guarda na conciencia duas teses contraditórias como verdadeiras.

Só lembrando, espero vcs no domingo no final da tarde, lá em casa.
andre

quarta-feira, agosto 24, 2005

1984


Pra mim esse povo do PCdoB (UNE) só me lembra o livro de George Orwell “1984” no qual o patido contralava a vida de todos os cidadãos (“big brother is wachting you”) e seu lemas eram:

Guerra é paz

Liberdade é escravidão

Compare com o da UNE:

Contra a corrupção e a favor do governo Lula.

Vejamos

Tavez eu tenha me empolgado um pouco no texto anterior mas o que eu queria discutir na próxima reunião é de que forma as características clássicas das religiõtradicionais, podem ser aplicadas as religiões laicas e o papel da religião como unificador de toda a sociedade se aplica as tribos urbanas de hoje?

andre

O Pos-modernismo: O fim das grandes narrativas.

Adianto aqui minha opiniões a partir da leitura dos resumos elaborados por boxel.

Pra mim todas as analises dos autores estão corretas contudo elas não mais se aplicam aos dias de hoje. Hoje a religião não tem mais a responsabilidade de manter a coesão social que tinha nas sociedades pré-capitalistas.

No capitalismo vimos o crescimento das religiões laicas modernas; o marxismo e suas variantes, a psicologia, os fascismo, a crença na ciência, o nacionalismo, o hedonismo, e (a grande vitoriosa até o momento) democracia liberal.

Contudo a democracia liberal hoje implantada em quase todo o mundo ocidental, seria uma religião as avessa, pois não tem praticamente nenhuma verdade absoluta, mas parte do pressuposto que diversas teses podem ser verdadeiras ao mesmo tempo.

Conseqüentemente se cria um ambiente em que as diferentes crenças religiosas se multiplicam (são 4 mil novas todo ano), um ambiente no qual cada vez mais as pessoas se identificam em tribos (os clãs modernos, no qual dentro deles si, podemos ter verdades absolutas)

Neste capitalismo informacional todas as crenças estão disponíveis para sua escolha e não é necessário escolher só uma, pode escolher várias. A miscigenação religiosa antes exclusividade Bahia hoje corre o mundo.

Pois é amiguinho, escolha sua tribo.

“Marx morreu, Freud também e eu não estou me sentindo bem” slogan pós-moderno

Reunião Domingo

Lá em casa, no final da tarde pra discutirmos deus, as religiões e outras bobagens

Estão todos convidados

Qualquer coisa me manda um email: andregreve@yahoo.com.br é mais fácil me achar por email que pelo telefone

terça-feira, agosto 23, 2005

Agora, Deus (II).



Sobre “O Escriba – Gênese do Político”, de
Regis Debray


“Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo”.
(Voltaire)

“A lógica de Deus”, o primeiro tópico do segundo capítulo deste livro¹ traz uma fundamentação de caráter lógico que procura elucidar onde se situa o papel do clérigo na formação de uma sociedade. Tal como em Durkheim, aqui pode se encontrar a religião como um fator primordial à organização de um grupo social. Tal como lá, não há aqui também sociedade sem religião.
A idéia parte de um pressuposto básico: “as relações entre os homens tem sempre coisas por objeto: as relações dos homens com as coisas passam sempre pelos homens”. Daí, qualquer relação entre os homens é dotada, primeiro, de um elemento material ou físico e outro lógico ou moral. Este preceito adquire uma significação central quando se trata de “poder político” (relação social característica) pois a partir de então este só se realizará quando forem atendidos os seus dois requisitos - material e lógico. “A própria prisão por dívida se dá pela sanção de um direito, e o direito do mais forte, como Rosseau demonstrou definitivamente na abertura de seu ‘Contrato Social’, é uma contradição dos termos, que se auto-invalida gradativamente”.

Assim,

“Nenhuma subordinação real é possível entre pessoas sem a intervenção de um elemento simbólico, identidade lógica ou valor moral. O interesse de todo poder político consiste então em se expor como sujeito metafísico, suporte de valores universais, a fim de ocultar a física dos riscos”.

A figura do clérigo, como o leitor já deve ter imaginado, surge para compor a vertente lógica ou moral do poder político, de modo que estamos falando do poder político que se apresenta como aglutinador de uma sociedade; aquele que permite a coesão social e que dá origem à unidade ou auto-reconhecimento de um grupo. A necessidade deste auto-reconhecimento surge do caráter absoluto que a própria coesão social impõe para que dê conta da mencionada “física dos riscos”. O valor ou lógica moral que fundam o elemento abstrato não deve ser palpável ou facilmente questionável; relativo: se assim fosse a comunidade estaria sempre ideologicamente ameaçada. E deu pra perceber que este fenômeno indica a busca incansável de um universo simbólico que garanta o máximo de segurança possível, pois o poder político que funda a sociedade precisa ser intenso, cumprir com máxima perfeição a sua dualidade fundamental. “Donde a ambigüidade tradicional do poder político, mistura indissolúvel de um elemento ‘temporal’ com um elemento espiritual”.

“Ora, Deus não é um fenômeno de crença, mas um fenômeno de lógica. Não é um fantasma, mas uma operação (...). Não há uma sociedade de não construa um sistema – entendamos por sistema um conjunto de relações externas cuja própria coerência supõe o fechamento”.

Fica fácil agora entender o fenômeno “Deus”: o valor que dá o fechamento horizontal (coesão social) precisa ser vertical, “vir de cima”. O caráter absoluto é elementar à disposição lógica, e ele, portanto não pode “vir de baixo”, pois se teria aí uma incoerência lógica intolerável à sensação de segurança coletiva, além de uma impossibilidade aritmética. Uma totalidade, para ser totalidade, precisa de limites que definam o seu alcance. Os limites são fornecidos por este fator vertical.


“O fechamento Horizontal tem por condição uma abertura na vertical: nenhum grupo humano pode se constituir sobre a base de uma simples relação em si”.

“Uma nação totalmente nova não se mantem em pé, nem se supera, pela livre associação de concidadãos de igual estatura. Há necessidade de altares ao pé dos quais é preciso reunir-se. Senão há dispersão”.

“O gesto fundamental da circunscrição territorial instaura simultaneamente o vazio e o cheio, e o sagrado é mesmo esse fechamento, sua crueldade paradoxal”.

“O primeiro gesto político é religioso, o primeiro gesto religioso é político”.

Wittgenstein, citado por Debray:

“Se existe um valor que tenha valor, é preciso que esteja fora de todo fato e de todo ser tal (so sein). Porque todo fato e ser tal são apenas acidentais. O que nos torna não-acidentais não pode se encontrar no mundo, pois de outra forma essas coisa também seria acidental. É preciso que essa coisa resida fora do mundo”.

O clérigo cumpre, portanto o papel de lembrar aos homens deste valor transcendente que os põe em comunhão, se incumbe da difícil tarefa de comunicar ao indivíduo sobre a sua subserviência frente a um “algo” superior que define a sua condição. Este é algo é, tanto aqui como em Durkheim, um poder político que deriva da própria sociedade.

“O clérigo é ao mesmo tempo tapa-buraco e sinal do ‘buraco’. Ele lembra aos homens que no meio deles há o ‘menos’, e que sua associação é o produto de uma falha ou subproduto de uma abstração”.


Notas.

1.“O Homem de Deus ou da política como função clerical”.


Rodrigo Lessa

segunda-feira, agosto 22, 2005

Agora, Deus.

Sobre “As formas Elementares da Vida Religiosa”

Os dois capítulos do livro “As formas Elementares da Vida Religiosa” abertos para o próximo encontro do asquintas, traçam uma perspectiva bem interessante sobre o fenômeno social correspondente à pré-fundação da noção de deus na sociedade. Na verdade, trabalharemos com um momento social bastante anterior, mesmo porque o assunto diz respeito ao exame do contexto que envolve o nascimento das religiões nos grupos sociais.
Para exemplificar e dar o toque empírico à explicação, Emile Durkheim trabalha evidências encontradas em tribos australianas. O fenômeno a ser identificado nestas tribos corresponde ao que ele denominou de totemismo de clã, pois se propõe a identificar o quadro social em que o clã cria um universo simbólico com fins de materializar uma espécie de vocação ou potência moral para a constituição de uma pequena sociedade. Esta potência moral se afigura pelos padrões sociais a serem institucionalizados naquele grupo, com fins de manter um mínimo de possibilidade de convivência entre seus membros.
Em suma, existe um conjunto de normas morais que precisam ser seguidas caso qualquer grupo disperso pretenda se unir formando uma unidade social. Como é praticamente impossível convencer estes indivíduos da necessidade de seguir estas normas morais por meios, digamos, verdadeiramente didáticos – “caro conterrâneo, se não seguirmos os padrões coletivos, a sociedade não se forma...” -, o clã fornece indivíduos que criam uma mistificação sobre um símbolo material santificado e passam a afirmar as normas de conduta da sociedade em nome deste símbolo. É como se a igreja católica pretendesse pregar os dez mandamentos, e, sentindo que não convencerá ninguém pelo caminho da necessidade de uma unidade social ou pela altivez das normas que defende, cria a idéia de um ser divino que trouxe os dez mandamentos e disse à Igreja que é ela a responsável pela pregação da verdade. (Peço que não considerem a experiência do cristianismo primitivo ao pé da letra).
Na verdade, o totemismo faz referência a uma atribuição simbólica mais primitiva, ou mesmo inicial, pois corresponde ao exato momento em que um pequeno grupo dá o ponta pé inicial para se unificar. Existe uma tendência nas tribos citadas no texto em tomar a figura de animais como símbolo totêmico. Desse modo, passa a existir o “clã do corvo”, o “clã do urso”, e assim por diante. Estes animais corporificam um significado que no fim das contas serve para obrigar os indivíduos a interiorizarem a moral coletiva, o conteúdo normativo da sociedade.
Pois bem: é assim a sociedade se forma. Um símbolo divino personifica esta potência moral que os indivíduos tem e passa a contribuir para um mínimo de uniformidade ou homogeneidade nas relações entre os indivíduos.
O papel crucial da religião.
É interessante perceber com esta análise que, de um certo modo, a religião é essencial na constituição de uma sociedade. Sem ela não existiriam países, Estados, nações ou povos sem território (o fenômeno judeu). Ela mantém a possibilidade desta unidade de padrões sociais, que são insubstituíveis à unificação de um grupo. Tomemos o exemplo de uma língua, ou padrão de linguagem: a noção de falar o idioma “X” é um padrão social. Se não houvesse, talvez, um elemento que garantisse a utilização de apenas um idioma, um mínimo de convivência seria impossível. A sociedade não se formaria sem concidadãos que se comunicassem. Caso uma coerção moral para manter a unidade do idioma fosse necessária num determinado contexto de formação primitiva, por exemplo, provavelmente um dos clérigos envolvidos na revelação da verdade diria que o seu deus o iluminou com a proibição da utilização de qualquer outro idioma que não o escolhido por ele no momento da revelação.
A ciência é (ou foi) foi religiosa.
Outro ponto importante encontrado no texto é o fato de o próprio exame científico de noções básicas do mundo físico se encontrar diretamente derivado da perspectiva religiosa encontrada em seu contexto sociológico. Um exemplo claro disso é o que aconteceu com a diferenciação da raça humana quanto a outros espécimes animais. De início algumas religiões atribuíram uma diferenciação indubitável quanto à distinção do homem frente aos outros animais, derivando ele de uma construção apartada e especial do criador, coisa empiricamente refutada ao longo da história. O próprio cristianismo se encarregou de elaborar esta diferenciação com o mito de “Adão e Eva”, embora o primeiro filósofo pré-socrático – e, portanto da história da filosofia –, Tales de Mileto, já tivesse concluído através de achados arqueológicos que o homem teria derivado de outros animais através de um tipo de mutação. O detalhe é que Tales de Mileto viveu no séc. VI a.c. e a principal fundamentação teológica que legitimou o cristianismo primitivo tenha surgido no séc. III, nove séculos depois, com Santo Agostinho e a sua obra “Cidade de Deus”.
Conclusão.
Assim, de forma objetiva, será importante examinar com este tema o fato de que a religião é uma produção social, tal como os mitos, crenças e os conhecimentos acerca de sua verdade revelada se traduzem em criações da mente humana para legitimar a transmissão dos ditos padrões sociais. A ciência ainda não define com clareza quais das inúmeras experiências supostamente transcendentais da vida humana são pura imaginação e quais demonstram algum tipo de fato extraordinário. Porém, seria interessante nos manter atentos a como este tipo de fenômeno se encaixa perfeitamente em algum tipo de contexto cultural e simbólico. Como cada movimento com este cunho místico se integra a uma normativa moral que, na imensa maioria das vezes, se pretende uniformizadora de relações sociais.



Alguns trechos elucidativos do texto.

“A força religiosa não é senão um sentimento que a coletividade inspira em seus membros, mas projetado pra fora das consciências que o experimentam e objetivado. Para se objetivar, ele se fixa num objeto que, assim, se torna sagrado; mas qualquer objeto pode desempenhar esse papel”.

“Tal é a matéria prima com que foram construídos os seres diversos que as religiões de todos os tempos consagraram e adoraram. Os espíritos, os demônios, os gênios e os deuses de todo porte não são senão formas concretas desta energia, que essa ‘potencialidade’, como diz Howitt, assumiu ao individualizar-se, ao fixar-se num objeto determinado ou em certo ponto do espaço, ao concentrar-se em torno de um ser ideal e legendário, mas concebido como real pela imaginação popular”.

“Com efeito, um deus é antes de tudo um ser que o homem concebe, sob certos aspectos, como superior a sim mesmo e do qual acredita depender. Quer se trate de uma personalidade consciente, como Zeus ou Jeová, quer e forças abstratas, como aquelas postas em ação no totemismo, o fiel, em ambos os casos, se crê obrigado a certas maneiras de agir que lhe são impostas pela natureza do princípio sagrado com o qual se sente em contato. Ora, também a sociedade provoca em nós a sensação de uma perpétua dependência”.

“Podemos dizer, com efeito, que o fiel não se engana quando crê na existência de uma força moral da qual depende e da qual extrai o melhor de si: essa força existe, é a sociedade”.

“Por isso, podemos estar certos de antemão que as práticas do culto, sejam elas quais forem, são algo mais do que movimentos sem alcance e gestos sem eficácia. Pelo simples fato de terem por função aparente estreitar os vínculos que unem o fiel ao seu deus, elas ao mesmo tempo estreitam realmente os vínculos que unem o indivíduo à sociedade da qual é membro, já que o deus não é senão a expressão figurada da sociedade”.

“Agora nos explicamos de onde vem a ambigüidade que as forças religiosas apresentam quando aparecem na história, de que maneira elas são físicas e humanas, morais e materiais ao mesmo tempo. Elas são forças morais por serem construídas inteiramente com as impressões que esse ser moral que é a coletividade desperta nesses outros seres morais que são os indivíduos; elas traduzem, não a maneira pela qual as coisas físicas afetam nossos sentidos, mas o modo como a consciência coletiva age sobre as consciências individuais. Sua autoridade não é senão uma forma da influência moral que a sociedade exerce sobre seus membros. Mas, por outro lado, elas não podem deixar de ser vistas como mito próximas das coisas materiais. Elas dominam, portanto, os dois mundos. Residem nos homens, mas, ao mesmo tempo, são os princípios vitais das coisas. Vivificam consciências e as disciplinam; mas são elas também que fazem que as plantas cresçam e os animais se reproduzam. É graças a essa dupla natureza que a religião pôde ser como a matriz em que se elaboram os principais germes da civilização humana. Posto que ela abarcava a realidade inteira, tanto o universo físico como o universo moral, as forças que movem o corpo e as que conduzem os espíritos foram concebidas sob forma religiosa. Eis aí como técnicas e práticas das mais diversas, tanto as que asseguram o funcionamento da vida moral (direito, moral, belas-artes) quanto as que servem à vida material (ciências da natureza, técnicas industriais), são, direta ou indiretamente, derivadas da religião”.

Rodrigo Lessa

Jogada de Mestre...

Enquanto o país relembra atento o movimento "Caras Pintadas", que depôs o presidente Fernado Collor, na iminência de rever seus pequenos rebeldes entrarem novamente em cena para decidir a vida do encurralado Luiz Inácio, o PCdoB dá um golpe de mestre. Antes que alguém incitasse aquela juventude pouco crítica do "Fora Collor" contra o governo, eles anunciam que os caras pintadas já estão nas ruas(!): mas, a favor do governo.
Os cartazes que estão nos ambientes acadêmicos já defendem uma série de pontos pouco específicos e nada claros, como "averiguação das denúncias até o fim", e declaram que o movimento tem crescido a cada dia. É evidente que eles não pretendem que passe destes pontos inócuos: apoiados ou mesmo despersonalizados pela articulação do governo Lula, além de literalemnte financiados - o governo tem pago os custos destas manifestações lideradas pela UNE - estão mesmo é se apropriando de um símbolo de caráter público que poderia ser útil a movimentos que desejassem depor o presidente. Coisa muito prouco provável, tendo em vista que o contingente envolvido na faixa etária que moveu o antigo movimento ainda não sabe o que foi que aconteceu com o governo do PT. E se sabem, continuam defendendo a idéia que isso é na verdade um golpe da direita.
Agora vai a pergunta: esse movimento de "Caras Pintadas" é de uma juventude que apoia o governo, ou é do próprio governo? Porque, indicativos para esta segunda hipótese não nos faltam. Primeiro, a UNE é dirigida pela plataforma jovem do PCdoB, partido este que apoia o governo. Segundo, os movimentos estão sendo deliberadamente pagos pelo governo, que todos sabem não anda bem das pernas. Terceiro, as diretrizes da manifestação não defendem nada que o próprio Lula, em suas aparições e discursos vazios na televisão.
Um tópico de um texto do site (www.une.org.br):
"Reivindicações, proposta de reforma política e apoio ao Presidente Lula"
E esta chamada:
"Por que a UNE está sendo atacada? As elites, com o apoio de setores da imprensa, desenvolvem uma campanha para desqualificar a posição política da UNE".
Ora, isso é uma reivindicação? Me respondam?
Pois então: nada mais inteligente do se apropriar da bandeira de um grupo que poderia lhe prejudicar, não é mesmo?
A partir de agora, se vocês ouvirem alguma propaganda do PSDB, PFL ou outros de oposição na mesma linha política, não estranhem: deve ser o Duda Mendonça juntando os cacos de um sonho fracassado.

Rodrigo Lessa

E o Palloci tb


Não sei se o Palloci está ou não metido nessa, mas que cada vez fica mais evidente que não eram desvios pessoais e sim um estrategia partidária essa corrupção toda, a isso fica.

São os filhos do PT e do fora FHC na rua.

Poderia ser pior?

Eu fico imaginando se alguem pensou que este governo do PT poderia se sair pior do que tem sido?
O governo Lula fez um deserviço tão grande a esquerda brasileira, que ela vai demorar muito tempo pra se recuperar.
O discurso de que falta vontade politica, foi seriamente comprometido. O discurso de que existem politicos sérios nesse pais, também.
Este governo interditou qualquer debate sobre mudanças na politica economica, seus intelectuais desapareceram da vida pública, nem o Renato Janine Ribeiro mais se pronuncia, acabou o discurso petista.
Até as notas a imprensa do proprio PT, pedindo desculpas (é impressionante como no PT há crime, mas não há criminoso) contem um discurso mudancistas falso, de que querem as "reformas", baixar as taxas de juros, blá blá blá, como se estas medidas fossem ser adotadas quando o partido cheguesse ao poder. Alouuu, já chegou a mais de 2 anos.
Pra mim o PT foi ferido de morte, acabou. Apesar de continuar a ter seu eleitorado cativo, indiferente à realidade como o Maluf tem.
Resta a esquerda brasileira se dar conta disso.
andre

sexta-feira, agosto 19, 2005

A Reitoria da UFBA não Sabe Fazer Política

É interessante ver os doutores do grupo político ligado a reitoria da UFBA errar tanto politicamente quanto o assunto é greve nesta universidade.

Primeiro foi na greve estudantil, na qual combinaram com seus aliados no movimento estudantil a estratégia de contestar a greve em todos os fóruns possíveis.

Erraram, pois representavam a maioria dos estudantes, mas uma maioria muito desorganizada e individualista, desta forma a estratégia de retirar os cursos individualmente da greve (todo dia saia um lista atualizada dos cursos que já tinham saído da greve) se mostrou completamente contraproducente na assembléia geral da ufba, na qual os alunos dos cursos que já tinham saído da greve não pareceram mais, e os grevistas ganharam com mais folga na ultima assembléia em comparação com a penúltima.

Ai a reitoria teve aquela idéia genial de eliminar o semestre 2004.2, (eu entendi essa manobra como uma retaliação a greve estudantil e seus apoiadores). Ganharam o sindicato dos professores (APUB) e agora se começou a discutir a possibilidade de uma nova greve.

Percebam que o grupo contra a greve é uma maioria, mais uma maioria desorganizada. Esta semana na assembléia da APUB em um placar apertadíssimo foi aprovada um indicativo de greve.

Agora percebam, se estivéssemos começando o semestre de 2005.1 agora, se a reitoria não tivesse cancelado o semestre de 2004.2, eu aposto que uma dezena de professores ia olhar o atraso no calendário acadêmico e iriam rejeitar esta nova greve.

Resumindo: mais uma vez a reitoria ao tentar acabar com as greves acaba as incentivando. Aja incompetência.

Por: André Greve Pereira

quinta-feira, agosto 18, 2005

Dirceu comemorando, o brasileiro do ano (2004)

Pois é

Quantas vezes falaram que o Lula por não ter cursado uma faculdade, seria um mau presidente que deixaria tudo nas mãos dos assessores, pois era um incapaz.
Pois é, depois daquele discursos do Lula ("eu fui traido"), ele é no mínimo um incapaz de perceber o que acontecia na sua cozinha.
Agora os que falaram aquilo não mais o acham incapaz, e os petistas começam a torcer para que ele seja mesmo um.

lembra quem foi o homem do ano?

Ele mesmo, zé dirceu. Pelas revista Istoé e suas afiliadas.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Reunião sexta

Vai rolar lá em casa reunião de AsquintaS, sexta (19/07) a noite umas 19h, depois a gente emenda pra algum pico, vejo vcs lá. Além de falar mal do Lula a gente ficou de debater o texto "o existencialismo é um humanismo" de sartre.
Pra entrar no grupo é só mandar um email para asquintas@grupos.com.br

O PT acabou sem nunca ter começado

Pois é meu amigos, o bicho pegou, o governo Lula esta preste a acabar sem ter começado (sem a maior reforma agrária da história, sem 10 milhões de empregos, sem dobrar o salário mínimo).

O esquema de corrupçao montado (formação de quadrilha, sim senhor) não visava o enriquecimento pessoal (apesar de alguns casos como o do filho do Lula) mas a interferencia e subeverção do processo democrático. Tanto na compra do congresso quanto no financiamento de eleições (finalmente entendi pq Pellegrino teve a maior campanha pra prefeito de salvador).
A questão não é se a Veja é tendenciosa ou não, (ela assim como a Caros Amigos, tem todo o direito de ser assim).
A questão é se o maior beneficiário do esquema do esquema de corrupção, o Lula, é cumplice ou não dele?

Pois se ele era cumplice, participante, ou chefe da quadrilha, precisamos pedir seu afastamente da presidência da républica. Simples assim.

Agora, para pedir o afastamento do Lula não é preciso seguir os ritos trdicionais; via organizações estudantis que são em geral ligadas ao PT e ao PCdoB, ou fazer passeatas nas ruas.
Hoje boa parte das manifestações da sociedade civil são virtuais, os forum de debates se tornaram virtuais, via email, blogs, orkut. Ao contrário do que ocorria algum tempo atrás no qual as representaçõs estudantis eram vanguarda, não há mais espaço para elas na liderança, ainda que sua participação seja desejável.

Eu quero ver é o pessoal do PT e do PCdoB vir pedir voto pro Lula ano que vem, hahahahhaha, vai ser engraçado demais.