sábado, fevereiro 11, 2006
5 - O Ócio Criativo
Este livro é uma longa entrevista com o sociólogo italiano Domenico de Masi.
Sua tese central é que estamos caminhando rumo a uma sociedade pós-industrial no qual as pessoas trabalharão cada vez menos e ai entra a necessidade das pessoas se prepararem para este tempo livre, de romper com o modelo de idolatria ao trabalho vigente na nossa sociedade e propor um esquema em que lazer, estudo e trabalho sejam simultâneos.
O Livro é bom, apesar de grande demais, os primeiros e os últimos capítulos são excelentes. Nos primeiros eles mostra como chegamos aonde chegamos;
"O dinossauro era perfeito já na origem, já sabia se mover, já sabia obter alimentom sozinho e, portanto, os genitores o abandonavam à propria sorte. O ser humano, ao contrário - e, eis aqui novamente o elogio da imperfeição - nasce indefeso. Se não fosse socorrido, morreria em poucas horas.
Contudo, a sua fraqueza se transforma na sua força, pois a assistência biológica que se dá ao seu desenvolvimento durante tanto tempo implica também a aculturação do indivíduo... E somos os únicos animais que não recomeçam sempre do ínicio, mas que, além das caracteristicas hereditárias e do saber instintivo, recebem dos adultos o saber cultural."
Nos últimos capítulos, ele conclui sua tese demonstrando a importância de se educar para o ócio;
"O ócio pode trasformar-se em violência, neurose, vício e preguiça, mas pode também elevar-se para a arte, a criatividade e a liberdade. É no tempo livre que passamosa maior parte de nossos dias e é nele que devemos concentrar nossa potencialidades."
"Educar significa enriquecer as coisas de significado, como dizia Dewey. Quanto mais educado você for, mais significados você descobre nas coisas.(...)
Educar para o ócio significa ensinar a escolher um filme, uma peça de teatro, um livro. Ensinar como se pode estar bem sozinho, consigo mesmo, (...) A grande maioria das pessoas não sabe como se distrair nem como descansar. Quando tem tempo, se entedia. Quando chea a noite, se entoca em casa como se as horas noturnas pudessem pertencer a um reino só de pecados e não de liberdade."
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