A retirada israelense do sul do Líbano no ano 2000 minava a necessidade de existência do Hizbollah em se manter enquanto milícia armada. O Hizbollah então precisava urgentemente encontrar uma justificativa para não entregar as armas, assim como as outras milícias armadas fizerem ao fim da guerra civil libanesa em 1990. Apesar da ONU ter reconhecido que Israel havia totalmente se retirado do Líbano, os terroristas do Hizbollah passaram a reivindicar como objetivo a ser alcançado a posse de um pequeno pedaço do Golan, além de também ter como objetivo a destruição do Estado de Israel. As colinas do Golan é parte de Israel e devido a sua posição militar estratégica, foi um território tomado e anexado da Síria na Guerra dos Seis Dias, quando o exército sírio juntos com outros exércitos árabes mais uma vez tentou destruir o Estado israelense.
A Síria, que até hoje reivindica o Golan de volta, na tentativa de dar uma justificativa para a contínua existência do grupo terrorista enquanto milícia armada, fala publicamente que a região extremo norte do Golan (as fazendas de Chebaa) são pertencentes ao Líbano. Deste modo, a luta do Hizbollah contra Israel não precisa acabar.
Em 2004 a ONU aprovou a resolução 1559 que obrigava que todas as milícias libanesas (leia-se Hizbollah) fossem desarmadas. O governo central libanês não tomou as medidas cabíveis e os milhares de soldados que formavam as forças de monitoramento de paz da ONU tampouco implementaram a resolução, pelo contrário, o Hizbollah passou a ter cada vez mais autonomia política no sul do Líbano e ainda conseguiu posteriormente se eleger em 10% do parlamento nacional libanês.
Desde o início da sua criação, principalmente nos seis anos (2000-2006) em que o exército israelense permaneceu fora do Líbano, cumprindo integralmente a resolução 425, à Síria e, sobretudo o Irã vem dando significativo auxilio militar, financeiro e logístico ao Hizbollah. Até o início da atual guerra nunca um foguete do Hizbollah havia ultrapassado 20 km além da fronteira. Graças ao apoio militar iraniano milhares de foguetes procedentes de solo libanês chegaram a até 80 km dentro de Israel, matando até o presente momento (08/08/2006) um total de 38 civis israelenses e ferindo mais de 700, causando enorme destruição em todo o norte do país.
Após seis anos de ataques e provocações por parte do Hizbollah quase que diários, período em que mais uma vez as forças internacionais da ONU falharam em manter o sul do Líbano um lugar seguro de ataques a Israel, a gota d´água foi quando cerca de cem terroristas do Hizbollah, numa mega operação, invadiram solo israelense, mataram oito soldados e seqüestraram outros dois....era o começo de mais uma outra guerra. Alguns dizem que o Hizbollah se surpreendera com a resposta militar de Israel, contudo isso não aparenta ser verdade. Apenas semanas atrás um outro soldado havia sido seqüestrado em situação muito semelhante quando terroristas do Hamas haviam também invadido solo israelense e a resposta militar por parte de Israel havia sido extremamente significativa. O curioso de tudo é que o Hizbollah, já prevendo a reação israelense, resolveu começar uma guerra justo uma semana antes do comitê de segurança da ONU se reunir para tomar uma decisão mais concreta sobre o programa nuclear iraniano. Estava na hora do governo do Irã usar o Hizbollah para começar uma guerra com Israel para tentar mudar o foco de atenção mundial.
Muito na mídia tem sido exposto e falado sobre o grande numero de morto no Líbano, em especial em relação aos civis. Voltamos então ao ponto inicial do texto. O Hizbollah até o presente momento (08/08/2006) já enviou mais de três mil e trezentos foguetes para Israel e, no entanto o numero de mortos (38) e feridos (700) aparenta ser significativamente inferior ao do lado libanês. Existem algumas razoes para tal diferença numérica, contudo a principal delas a ser apontada é que após inúmeras guerras, Israel acabou tendo que aprender a proteger seus cidadãos e sobretudo na região do norte os abrigos subterrâneos ou “bunkers” são facilmente encontrados. Milhares de israelenses estão vivendo nesses bunkers, esperando que a guerra termine. Caso não houvesse tais abrigos, o número de perdas civis seria muito superior.
O sofrimento israelense com a guerra quase não recebe cobertura na mídia mundial e principalmente na mídia brasileira. Falemos então sobre as baixas civis no Líbano. Até o presente momento (08/08/2006) as autoridades libanesas proclamam que mais de mil libaneses já foram mortos. Israel afirma ter matado 475 membros do Hizbollah (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1091424-EI308,00.html), o que pode-se dizer que seria algo em torno de 47,5% de acerto. Contudo, mais da metade dos mortos libaneses seriam civis... o que poderia explicar isso?
Bom, primeiro é preciso definir o que viria a ser um civil e para tal é necessário definir o que viria a ser um militar. Os militares e um exército de modo geral deve ser devidamente identificado com fardas, suas bases militares devem ser estabelecidas em regiões fora de áreas civis e o seu objeto de combate deve ser unicamente um outro exército. Isso é a explicação clássica e convencional, sendo os civis toda população que não fosse militar. Contudo, não há nada de convencional nessa guerra. Ou melhor, não há nada de convencional em qualquer guerra que envolva terroristas.
Existe uma grande diferença, tanto legal quanto moral, entre um bebê de 2 anos que morre ao ser atingido por um foguete e um adulto de 30 anos que permite que sua casa seja usada como depósito de foguetes katyucha. Ambos são tecnicamente civis, mas o primeiro é muito mais inocente que o ultimo. Existe também uma diferença entre quem é apenas simpatizante e vota para representações políticas de grupos terroristas e os que ajudam os grupos terroristas com auxilio financeiro e suporte material. Finalmente, existe uma diferença entre os civis que são mantidos reféns e usados contra a sua vontade como involuntário escudos humanos e civis que voluntariamente que se colocam ao redor dos terroristas para os protegerem de artilharia inimiga. Essas diferenças e outras são todas camufladas com o simples uso da palavra: Civis. Nem sempre mulheres e crianças podem ser contados como civis, mas invariavelmente os são por agencias de noticias. O terrorismo vem cada vez mais fazendo uso de mulheres e crianças para atividades terroristas.
O exército de Israel vem há dias e semanas lançando panfletos para que as populações civis venham se retirando da região sul do país, de forma que aqueles que voluntariamente permanecem onde estão, tem algum grau de cumplicidade. Aqueles que não podem nem puderam se mudar de onde estão então de fato devem ser contados como vítimas civis inocentes. Toda morte de civis é uma tragédia, mas algumas são mais trágicas que outras.
Como já estabelecemos antes, o terrorismo se apresenta como uma forma muito mais eficiente de combater seus inimigos do que os fracassos militares dos governos árabes de anos atrás. Os terroristas do Hizbollah se camuflam entre civis muito facilmente, pois não usam fardas. Além disso eles não só guardam seus coletes, óculos de visão noturna, granadas, lançadores anti-tanques, metralhadoras e etc, em regiões altamente povoadas, mas principalmente os seus milhares (estima-se de 10 á 13 mil) mísseis que vem aterrorizando a população civil de Israel há anos. E eles não só guardam esse milhares de mísseis em áreas civis, mas eles fazem lançamentos desses mísseis para atingir cidades israelenses partindo justamente dessas cidades e vilarejos libanesas. http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2006/Operation+Change+of+Direction+Video+Clips.htm#photos
A verdade é que a Lei Internacional permite matar civis libaneses e proíbe matar civis israelenses. Evidente que a primeira vista tal frase pode parecer um absurdo, no entanto está correta. De acordo com a Convenção de Geneva, assinado em 12 de Agosto de 1949, parte (IV) relativo à proteção de civis em tempos de guerra:
O artigo 28 diz a quem se esconde entre civis (como o Hizbulah e o Hamas) que o fato de eles se esconderem ali, não torna o lugar em uma região imune ao ataque do outro lado do conflito (nesse caso, Israel).
O artigo 29 vai mais longe ainda: ele diz ao Hizbulah e/ou ao governo do Líbano (e, no caso de Gaza, ao Hamas e a Autoridade Palestina) que, se Israel ataca-los lá, onde eles estão e, como conseqüência disso, morrerem civis, eles é que são os responsáveis pela morte dos civis e não Israel.
Em outras palavras: de acordo com a lei internacional, se o exercito de Israel quer atacar terroristas ou bases militares deles, dentro de prédios residenciais, Israel nem precisaria avisar com antecedência (como Israel fez, na verdade, lançando panfletos de aviões, dizendo a população daquele lugar pra sair de lá, para não serem atingidos). Israel pode atacar zonas urbanas e residenciais sem nenhum problema de moralidade ou legalidade. Isso porque, a responsabilidade pela morte dos civis, não cai em cima dos ombros de Israel e sim, sobre os ombros do Hizbulah e do governo do Líbano.
A própria ONU reconhece que os terroristas são os culpados pelas mortes de civis libaneses. http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2006/jul/25/153.htm
O Hizbollah, por outro lado não tem direito algum a atingir e matar civis israelenses, pois o exército de Israel veste uniformes e tem suas bases militares sempre estabelecidas em áreas fora das cidades.
Apesar de estar com a razão legal e de ser atingido por milhares de foguetes, ainda assim, Israel continua a usar apenas uma pequena fração do seu poder de fogo para desmantelar a infra-estrutura terrorista, sobre receio de atingir civis libaneses no processo. Israel poderia militarmente resolver o conflito de duas formas que acabaria com os envios de foguetes para cidades israelenses. A primeira seria fazendo uso maciço de força aérea, contudo o numero atual de civis mortos no Líbano poderia se tornar irrisório comparado ao que poderia vir a chegar. Israel então vem se utilizando de uma outra alternativa e vem fazendo cada vez mais operações por terra, arriscando a vida de seus soldados, dos quais mais de 60 até o presente momento (08/08/2004) vieram a falecer em combate.
Essa guerra tem sido de interesse especial para o Brasil, pois comporta a maior comunidade de libaneses e descendentes do mundo com cerca de seis milhões. Não só isso, mas 8 brasileiros foram mortos e algo em torno de dois mil brasileiros retornaram ao Brasil. Historicamente a grande maioria dos libaneses que vieram para o Brasil eram cristãos e muitos vieram para cá em meados do século XX, justamente para fugir das agressões dos muçulmanos. De qualquer forma, o Brasil também tem uma razoável comunidade de libaneses e descendentes que fazem parte da comunidade muçulmana no Brasil, sobretudo em Foz do Iguaçu, na região da Tríplice Fronteira.
Segue aqui ao fim do parágrafo uma noticia que fala sobre um garoto libanês de 16 anos que vivia no sul de Beirute e que fazia parte do Hizbollah até ter se mudado recentemente para o Brasil. Ele diz na reportagem que o grupo terrorista recrutava garotos a partir dos 14 anos para receberem aulas de tiro e treinamento em geral. O garoto foi aprovado a treinar nas divisões de base do Flamengo e ao menos por enquanto, vem trocando as armas pela bola.
http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/29/int-1.93.9.20060729.6.1.xml
O último brasileiro morto no atual conflito se chamava Ibrahim Saleh e tinha apenas 17 anos. Ibrahim era membro do Hizbollah e morreu quando lutava nas fileiras do grupo terrorista contra Israel na cidade de Maroun er Ras, no sul do Líbano. Segundo a família do garoto, Ibrahim foi atraído muito cedo pela ideologia do grupo xiita, e seu sonho sempre foi morrer lutando contra Israel. A tia e a mãe do jovem rapaz se dizem orgulhosas do garoto e receberam diversos telefonemas as parabenizando pela ação de Ibrahim. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u98659.shtml
É importante se deixar claro, que não tenho a intenção de insinuar que todos os brasileiros que vivem no Líbano são terroristas, pois tal afirmativa seria uma generalização tola e preconceituosa, contudo, é importante manter uma perspectiva crítica, pois a situação é bastante complexa. A grande comunidade libanesa no Brasil é uma grande emissora de recursos para o Hizbollah que mantém vários projetos sociais. Contudo, invariavelmente, parte desse recurso é usado na infra-estrutura do terror.
Muitos se perguntam o porquê de Israel estar danificando infra-estrutura libanesa se a guerra é apenas contra o Hizbollah. Qual seria o propósito de se destruir pontes, estradas, aeroportos, criar um bloqueio marítimo, etc.
Como foi dito anteriormente, o Hizbollah recebe apoio logístico e militar da Síria e do Irã, de modo que com a infra-estrutura libanesa permanecendo intacta, os terroristas poderiam muito rapidamente serem reabastecidos com todo o material bélico que necessitem, prolongando o tempo de guerra e consequentemente a dor e perda de milhares de civis em ambos lados da fronteira.
Perguntam também o porquê de haver complicações em a ajuda humanitária chegar ao sul do Líbano e entre outros fatores, novamente entra na questão dos terroristas se infiltrando e se passando por civis, carregando armamentos e etc. De fato que cada guerra é uma história diferente, mas seque aqui um vídeo que mostra uma ambulância palestina que tentava passar por um posto de fiscalização israelense. Alem do motorista, um garoto e uma senhora, a ambulância continha uma caixa com um cinturão-bomba, que muito certamente seria usado contra israelenses civis em bares, clubes, ônibus, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=cz-BFq6G7Ac
Existe uma tendência natural na mídia em mostrar o que há de pior. Costuma-se dizer que para a mídia não há melhor notícia do que a pior notícia, pois ela é a que mais vende. Deste modo, algumas agências de noticias e a mídia árabe, com apoio até mesmo dos grupos terroristas, que tem uma boa acessória de imprensa, se apressam para lançar novas notícias sobre as manobras militares israelenses e suas conseqüentes baixas em civis libaneses. Na correria pela divulgação de informações, os principais meios de comunicação mundial não devidamente procuram checar dados antes de enviar ao ar. O impacto negativo que uma noticia falsa ou exagerada pode causar, simplesmente não é eliminado com uma pequena notificação de correção.
Não é a primeira vez e infelizmente não deve ser a ultima que esse tipo de coisa acontece, mas sem me alongar mais nesse ponto, seguem aqui alguns lamentáveis incidentes jornalísticos sobre a atual guerra:
(A agencia REUTERS admite que adulterou uma foto de Beiture no Photo Shop para realçar a fumaça)
http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1154525816599&pagename=JPost%2FJPArticle%2FShowFull
(Após o ministro libanês Sinora ter chorado em público pela morte de supostos 40 libaneses, foi tempos depois anunciado que o numero correto foi de apenas um morto).
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1090466-EI308,00.html
(Após amplamente divulgado pela mídia mundial 56 mortos na cidade de Qana, dias depois a Humans Right Watch divulga que foram 28 o numero de mortos.)
http://www.deolhonamidia.org.br/Noticias/mostraNoticia.asp?tID=197
(Ainda em relação ao ataque em Qana, existem muitas questões que não se mantém coerentes. Como pode um prédio ter caído 8 horas após o bombardeio israelense? Como pode fotos tiradas em horas diferentes, por diferentes jornalistas de diferentes meios de comunicação mostrassem o mesmo rapaz, supostamente do corpo de resgate, socorrendo a mesma garota com ela nos braços? Teria ele passeado por horas e horas com uma menina ferida ou morta nos braços para satisfazer todos os desejos de fotógrafos e jornalistas da área? Porque os homens adultos foram cobertos e os corpos das crianças e mulheres expostos para a mídia? A verdade é que existem muitos porquês e serem questionados...)
http://www.frontpagemag.com/Articles/ReadArticle.asp?ID=23655
Distorcer imagens e informações é dos crimes mais graves que se pode cometer na mídia, senão o pior de todos.
A verdade é que a mídia, que é a formadora de opinião pública, prefere sempre culpar o país militarmente mais forte, mais rico e mais estruturado. Prefere culpar Israel pela morte dos civis libaneses do que culpar o Hizbollah.
Israel, ou qualquer democracia, que venha lutar contra o terrorismo nessas condições, fica na escolha entre perder a guerra militarmente ou perder a guerra na mídia. Cabendo então aos terroristas as opções de ganhar a guerra militarmente ou ganhar a guerra pela mídia. Na verdade, a mídia é usada como um ciclo de auto-alimentação para o terror, pois ao fazer o jogo dos terroristas, não apontando os verdadeiros culpados, os terroristas ganham não só carta verde, mas até mesmo estímulo para continuar. Quanto mais mortos civis, não só do lado israelense, mas do próprio lado libanês, então melhor para o Hizbollah.
Nem Israel, nem os Estados Unidos, Inglaterra ou qualquer outro país ou exército do mundo vai conseguir acabar com o terrorismo por vias militares, mas isso não significa que não devem se defender até que a raiz do problema seja resolvida. O terrorismo é uma ideologia e para ser destruído, precisa que a sua ideologia seja destruída. Os terroristas planejam, pretendem e acreditam ser possível alcançar todos os seus objetivos através do uso do terror. Existe uma grande inércia histórica por trás de todos os fatos que vem acontecendo nos últimos sessenta, setenta, oitenta anos no Oriente Médio. É bastante questionável se existia de fato um sentimento de coletividade e de povo entre os árabes que viviam na palestina em 1948 que os diferenciava de qualquer outro árabe daquela região, contudo hoje é inegável que existe sim uma cultura e uma identificação palestina enquanto povo. Trata-se de uma cultura baseada no ódio, no rancor, na intolerância e que ainda continua a ter como seu principal sonho a destruição de Israel, ao invés da formação e construção de uma pátria própria.
A história é no entanto, tudo menos estática, de modo que 58 anos é um período relativamente ainda muito curto para que os árabes e muçulmanos aceitem a realidade que é ter um país como Israel em pleno Oriente Médio. Os judeus, assim como os cristãos sempre foram tratados na absoluta maioria do mundo árabe, durante séculos, como cidadãos de segunda categoria, de modo que aceitar a existência de um país não-muçulmano naquela região é para muitos algo difícil que infelizmente ainda levará tempo.
Uma cultura baseada em ódio não pode durar tanto tempo. Mais cedo ou mais tarde o terrorismo vai falhar em destruir Israel e vai se aperceber disso, nem que esse processo leve séculos. Estará então destruída a fonte do terrorismo, a ideologia do terror e a esperança em que o terrorismo pode alcançar resultados.
Países como a França e Inglaterra, que foram adversários históricos e envolvidos em inúmeras guerras sangrentas, hoje são nações em paz com amplas relações. A democracia, a educação, a prosperidade econômica e o respeito pela liberdade no seu sentido mais amplo têm ajudado consistentemente a deixar a política do ódio para trás.
Durante essa guerra, milhares de egípcios protestaram em Cairo contra Israel, exigindo que o Egito expulsasse o embaixador israelense, cortasse relações, rasgasse o Acordo de Paz entre Israel e Egito, feito em 1979 e declarasse guerra a Israel. O presidente egípcio Hosni Mubarak disse que a era das aventuras acabaram, que o Egito não tem mais 25, mas 70 milhões de habitantes e precisa prover e investir cada vez mais em saúde, educação, infra-estrutura e etc. Mubarak certamente não morre de amores por Israel, e nem Israel faz questão disso, mas existe um respeito e reconhecimento mútuo e parte do rancor de quatro guerras disputadas entre os dois, aos poucos vai sendo dissolvida com o tempo.
Cinqüenta e oito anos atrás Israel estava sendo atacado por sete exércitos. Hoje Israel está em paz, mantém acordos comerciais e projetos de pesquisa em conjunto com os seus vizinhos Egito e Jordânia. Evidentemente que nem tudo são flores na atualidade, mas a história será testemunha futura. No futuro é bem possível que alguém estude sobre os séculos e as muitas guerras que aconteceram no Oriente Médio, até que finalmente Israel conseguisse viver em paz com seus vizinhos. Nossos descendentes verão.
Por: Saulo da Rocha
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