quinta-feira, março 09, 2006

Eu já ouvi esse discurso antes

O Leo do Gustibus, esta com um post que é um primor (na minha opinião é claro) e que reproduzo aqui na íntegra. A entrevista do Pochmann e seus argumentos são utilizados por muita, muita gente.
O Pochamann ainda é da esquerda petista, mas esse tipo de argumentação só me lembra o Lula falando como o Brasil vem piorando a 500 anos... até finalmente a chegada dele no poder.
Depois o Pochmann ainda vai falar, do famoso empobrecimento da classe média, ai eu fico me perguntando, qual o conceito de classe média que ele usa? Será por renda? Será por tipo de profissão? Alguem sabe responder?
André

Não li e não gostei (parte II)

Em um post, eu já desconfiava dos resultados da pesquisa que Pochmann e outros fizeram sobre a classe média. Procurando mais dados sobre o estudo, olhem na entrevista que eu esbarrei:

"Em 20 anos, como ficou a qualidade de vida da maioria da população?

MP - Depende da lente que usamos para analisar. Tomando como referência o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que é uma tentativa de síntese, teria havido aparentemente uma melhora. Precisamos discutir com maior profundidade o conceito de desenvolvimento humano, sustentado sobre três indicadores gerados em um ambiente neoliberal, que permite países regredirem econômica e socialmente - como é o caso do Brasil - e melhorem no IDH. Isso mostra a contradição dos indicadores.

Qual a sua avaliação das transformações sociais tendo como base o IDH?

MP - Do ponto de vista do balanço das duas ultimas décadas, a expectativa média de vida aumentou em geral. O que represente deixar de viver 60 anos na pobreza para viver 70 anos na pobreza extrema? É um ganho viver mais, sem dúvida. No entanto, viver dez anos a mais na extrema pobreza é desenvolvimento humano? A pessoa continua pobre durante mais tempo. Apresenta-se isso como melhoria humana. Eu concordo, mas o indicador precisa ser mais bem qualificado. O outro indicador aponta que caiu a taxa de fecundidade de forma substancial, especialmente nas famílias pobres, reduzindo inclusive a mortalidade infantil de forma expressiva. Parte da explicação pela queda da mortalidade infantil é que as mulheres pobres deixaram de ter filhos. Devemos levar em consideração que o filho que não nasceu não pode morrer. "

Digam: eu devo ou não desconfiar de tudo que ele escreve?

Leo.

Um comentário:

Anônimo disse...

A entrevista completa esta no
http://www.mst.org.br/informativos/Revista/sitio_revista34/destaque34.htm